As fotos publicadas são de trabalhos realizados pela instituição, apenas as duas (superior a direita), são do culto. |
Sábado passado (16.03.2012), a noite estive participando de um culto
evangélico realizado pela Igreja Batista Missionária de Buíque, na quadra da
comunidade dos “Amigos do Bem”, aqui em Buíque/PE. Uma caravana de
aproximadamente 150 pessoas da cidade ali compareceu, para participar do evento,
que contou com a participação do cantor gospel Émerson Augusto. Minha oportunidade foi para declamar, em forma de poesia de cordel, a parábola bíblica "O filho Pródigo", o que fiz, como sempre acompanhado pelo violão do amigo irmão Carlinhos; contudo, o que pretendo comentar nesta postagem é sobre essa linda instituição que veio a este município com um único propósito "ajudar o semelhante".
Apesar
dessa instituição “AMIGOS DO BEM” haver sido instalada aqui há mais de dez
anos, foi essa minha primeira visita ao local. Sempre ouvia os mais altos
elogios a esse lindo trabalho realizado em favor do povo carente deste
município, principalmente para a população do Vale do Catimbau (uma das sete
maravilhas de Pernambuco), contudo, “in loco”, percebi que o que me falaram
ainda é pouco para o que presenciei. Quadra coberta, escola, teatro, dança, cinema,
salão de beleza, sala de música, refeitório e acima de tudo, dignidade e amor
ao próximo.
Outra
coisa que me chamou a atenção foi a qualidade em tudo que ali é feito. Todo o
material usado primeira linha. Para o leitor ter um ideia, todos sabemos que a
água do Catimbau é ótima para o consumo humano, mas não pensem que essa é a que
eles utilizam. Não fazendo comercial, mas a água ali consumida é Indaiá. Todos
recebem alimentação, roupa, moradia, lazer, transporte escolar, fardamento,
professores dos mais capacitados da região ministram diversas disciplinas, e,
pelo que tomei conhecimento, para as muitas famílias que residem na comunidade
existem algumas regras sociais e de educação para a sua permanência no local. Bebida
alcoólica e violência doméstica, ali é praticamente inexistente. Psicólogos,
médicos e dentistas periodicamente visitam a comunidade e realizam consultas e palestras. O
povo vive em harmonia e com dignidade.
Diante
do que presenciei, algo me veio a mente, de imediato: Diante de tanta beleza e
qualidade no que ali é executado, fica mais do que provado que com seriedade e
honestidade é possível ter uma comunidade organizada, com todos os serviços de primeira
linha. O diferencial ali é a não participação da política partidária. Se as verbas
que ali são aplicadas passassem pelas mãos dos políticos, com certeza não havia
10% daqueles serviços, e o pouco que existisse era de péssima qualidade. Disso “até
os postes da Celpe sabem que é verdade”, como diz um amigo meu.
A
manutenção da comunidade, segundo fui informado é promovida por diversos
empresários e artistas e não é só em Buíque, existem outros municípios do
nordeste que são beneficiados com esse belo trabalho.
Pois é, deixo aqui os meus parabéns
aos que fazem aquela comunidade, e em nome de todos os buiquenses faço votos de
que a mão de Deus seja estendida a todos os que comandam e que fazem parte
naquela instituição.
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A CRIANÇA E O TRIGAL
Por William Pôrto, publicado no Blog “Combate Popular” em
Acho que já contei a historinha a seguir, mas tenho dúvidas, a minha
memória está rateando. Desculpem. Vou contar ou recontar a historinha porque
ela tem muito a ver com a união e a solidariedade.
Ouvi
esta historinha há mais de 50 anos. É a seguinte: Num trigal do sul uma criança
brincava quando se perdeu nesse imenso trigal. Logo as pessoas se dividiram
para tentar achá-la. Mas não conseguiam encontrá-la. O tempo foi passando e já estava perto de
escurecer. Os pais da criança já estavam desesperados. Foi quando um camponês
humilde teve uma ideia, ele sugeriu que todos se dessem as mãos e cercassem o
trigal, depois fossem se aproximando uns dos outros, varrendo o trigal, até
achar a criança.
Fizeram
isso e encontraram a criança perdida. Um homem simples com uma ideia que
juntada a união e a solidariedade, conseguiu salvar uma criança, realizou quase
um milagre. Foi nessa historinha que pensei quando tomei conhecimento da
escolha do novo papa, o papa Francisco, um humilde, avesso às vaidades, um
homem que nunca focou no poder ou no dinheiro. Um homem que usava o transporte
público e cozinhava sua própria comida, sem desdenhar de nenhuma comida e nem
fazer concorrência a nenhum empreendimento religioso similar ao que dirigia. Esse
argentino era, com certeza, a última alternativa que dispunha a Igreja para tentar
se redimir dos seus erros e desvios. Um papa, amigos, que é também bem humorado,
que brindou com os cardeais se referindo a escolha que fizeram dizendo: “Que
Deus os perdoe” .
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