1-Papa com a bandeira do Brasil. 2-O Papa e o Rabino Skorka. 3-Papa abençoa uma criança |
Com muito
respeito, me congratulo com o povo católico brasileiro, pela vinda do Papa
Francisco a esta nação.
Tenho
acompanhado pela imprensa escrita e televisiva muitas matérias sobre o novo
pontífice, nosso ex vizinho argentino e até o presente só vi opiniões de
elogios ao novo líder católico. Recentemente li nas páginas amarelinhas da Veja
uma entrevista com o rabino Abraham Skorka, residente na Argentina em relação a
escolha do papa e aquele líder judeu disse que mantinha contato com o então Cardeal
Jorge Mario Bergoglio, inclusive era costume de ambos se visitarem ao ponto de
tomarem café juntos, o que prova que o novo papa é ótimo de relacionamento com
outras religiões.
O
líder judaico na argentina afirma que: “Quando o papa Francisco ainda era
apenas Jorge Mario Bergoglio e pregava na catedral de Buenos Aires, tinha
longas conversas com ele e que mantinha essa amizade há 20 anos, inclusive o
rabino escreveu com Bergoglio o livro “Sobre o Céu e a Terra”, lançado
recentemente no Brasil, pela Editora Pararela.
Sobre
o terrorismo, diz Skorka que, o atual papa Francisco declarou, “o único jeito de dialogar com os
fundamentalistas é esperar que mudem de postura, aceitando a existência do
outro, e ele, o Papa, pode colaborar, reforçando os gestos em favor da paz”.
Skorka
é professor de Bíblia e literatura rabínica no Seminário Rabínico da Argentina
e no Jewish Theological Seminary of America, professor honorário de direito
hebraico na Universidade de Salamanca e foi criador da cadeira de direito
hebraico nesta última universidade e também na Universidade de Buenos
Aires. É reitor do Seminário Rabínico e rabino da Comunidade “Bnei
Tikva”. Em 2012, a Pontifícia Universidade Católica da Argentina lhe outorgou o
título de Doutor Honoris Causa, tornando-o o primeiro rabino a receber tal
condecoração.
O
mesmo relato li de um líder, representante dos evangélicos daquela nação e outros
líderes de diferentes religiões, que demonstram que o atual papa tem um ótimo
relacionamento com diferentes crédulos e não se impõe como o maioral deles. Pelo
que percebi nas referidas matérias, o hoje Papa Francisco, antes de ser o maior
líder católico do mundo tinha por hábito levar comida, roupa e remédios às
comunidades carentes de Buenos Aires e sempre tinha uma atenção especial pelos
pobres.
Se
só o fato de lembrar do povo carente já é um ponto muito positivo, muito mais o
é levar aos mesmos alimento, vestes e remédios. E ainda superior a tudo isso é,
alem de levar o pão aos pobres, comer à mesas com eles, como muitos informaram
que era assim se comportava o então Cardeal.
Com
gestos simples, dispensando pompa em tudo que faz o novo papa tem conquistado o
respeito e a atenção de todos e tem mostrado preocupação especial com os
pobres, sempre dando mais importância e atenção a espiritualidade do que os
formalismos suntuosos que muitas vezes determinados cargos exigem. Se essa prática
fosse nova, depois do novo cargo, ainda assim seria um bom exemplo, mas esse
comportamento vem de muito antes de Bergoglio ao menos sonhar em se tornar o
papa Francisco.
Creio
que a Igreja Católica no momento atual não poderia ter feito uma escolha melhor
e torço para que essa Jornada Mundial da Juventude venha deixar implantada na
mente e no coração desses milhares de jovens uma mensagem de fé, paz e de
compromisso com o verdadeiro evangelho que o senhor Jesus semeou há mais de
dois mil anos atrás e que se faz tão urgente e necessário no mundo hodierno.
Lembro que o próprio Papa Francisco, um dia depois de sua eleição declarou em
celebração interna para os membros da cúria romana: “Quando não se confessa Jesus
Cristo, se confessa o mundanismo do diabo...”O recado chega em boa hora
convocando a igreja para uma profunda e necessária mudança, visando mais
santidade e menos suntuosidade.
Li recentemente uma matéria sobre o
novo papa e os pastores evangélicos na argentina, que narra que seis pastores
evangélicos da Argentina visitaram o Papa Francisco em sua residência no
Vaticano. Liderados por Jorge Himitian (que foi presidente do conselho de
pastores de Buenos Aires). Os pastores disseram que o líder da Igreja Católica
Romana, os cumprimentou com abraços e beijos "ao estilo argentino" e
que durante a reunião, que durou quase uma hora e meia, o papa agiu sem seguir
os protocolos e disse aos pastores: "Hoje, nós temos que pregar o kerygma
de Jesus Cristo, anunciar Cristo".
A
matéria prossegue narrando que os líderes cristãos, todos de Buenos Aires, são
velhos amigos de Jorge Bergoglio, que foi arcebispo de Buenos Aires, durante
muitos anos. "Nós acostumamos-nos a orar com Bergoglio e nos encontrávamos
de vez em quando. Nessas reuniões, encontramos um homem de profunda
espiritualidade e tornamo-nos amigos", disse Himitian. “Expressamos nossa
alegria em tê-lo em um lugar tão importante, nós reconhecemos seu alto
compromisso com Cristo e o ser humano, com os carentes e seu compromisso com a
oração", acrescentou.
Críticas
sei que haverão sempre, inclusive à minha pessoa, talvez até por meus irmãos evangélicos,
entretanto, em todo lugar do mundo elas sempre existirão. Se não pouparam nem
os discípulos, nem o próprio Jesus, não seria hoje que iriam poupar críticas ao
novo líder católico ou à minha pessoa. Discordâncias doutrinárias sei que
existem, as vezes até dentro das próprias igrejas, tanto católica quanto evangélica,
contudo reconhecer qualidades nos outros é um bom começo para um mundo melhor
em preparação para o mundo vindouro.