PRIMAVERA DOS MUSEUS EM BUÍQUE

     Está acontecendo desde segunda feira (23.09) em nosso município a primavera dos museus, evento cultural de iniciativa do Ministério da cultura, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Buíque e do Sesc Ler. As festividades estão ocorrendo em uma estrutura montada na praça Major França, centro desta cidade e se estenderão até o dia 29. Ontem, este poeta escritor e  blogueiro participou da abertura, declamando algumas poesias e cantando algumas canções folclóricas e após foi a vez do grupo de Serestas Fubica, de Arcoverde, que deu um verdadeiro show das 20:30 até às 22:00 horas. 

       Hoje, foi a vez da “Banda de Pífano do Barro” que fez sua apresentação das 19 às 20 horas e como o secretário de cultura Blesman Modesto não estava presente, pois estava em Arcoverde com um grupo de jovens de Buíque, representando este município, na abertura dos jogos de futsal, a responsabilidade de conduzir os trabalhos ficou por conta deste blogueiro que como amante da cultura regional fez a apresentação das atrações, que além da banda de pífano, também se apresentaram Eudes França e seu teclado que por aproximadamente uma hora apresentou ao público presente uma seleção especial de músicas, recebendo os aplausos e o carinho dos presentes. Em seguida foi a vez do grupo de ex componentes do Grupo musical Som Bléss Set, formado por Emanuel Wevell, Eudes França (Mutuca) e Carlinhos apresentarem um repertório especial da época conhecida como ”Jovem Guarda”, alegrando ao público presente que tanto aplaudiu o grupo como também cantou junto com ele todas as canções apresentadas.

      O evento foi encerrado às 22 horas. Ainda haverão outras atrações até domingo. Como o evento tem como base os museus do país, o museu municipal de Buíque está sendo aberto todas as noites e a frequência tem surpreendido os funcionários e o diretor do museu, Roberval Ramos que se diz satisfeito com a repercussão do evento e convida a população do Buíque que ainda não visitou o museu, a fazer a sua visita a conhecer mais da nossa história.

DO PERÍODO BARROCO PARA OS DIAS ATUAIS

      

        Recentemente conclui um curso à distância, de literatura, e me chamou muito a atenção um texto escrito no período conhecido como Barroco (final do século XVI e meados do século XVII). Esse período trouxe uma nova forma de entender o mundo, Deus e o homem. De quebra, introduziu a arte dos confrontos, dos contrastes. De um lado os valores medievais, de outro os valores humanistas e materialistas que traziam luzes e entendimento para o homem. Como conciliar ou compreender a fé e a razão; o céu e a terra; o céu e o inferno; Deus e o Diabo; o espírito e a matéria?. Nesse dilema, o Barroco, é portanto, a arte dos opostos, do dualismo, dos contrates. 

      Foi justamente nesse período que ocorreram dois eventos de amplas repercussões políticas e sociais no mundo: a Reforma Protestante e a reação da Igreja Católica, conhecida como contra-reforma. Sem querer ir mais além sobre esse período histórico e literário, quero ir direto ao que me levou a escrever essa matéria. 

      Trata-se do trecho de um sermão do Padre Antônio Vieira (1608-1697), que mesmo havendo sido escrito há mais de três séculos, continua atual. Parece que a tinta da pena ainda cheira por tão atual sua verdade, levando em consideração os recentes capítulos da novela “OS MENSALEIROS”. O texto que destaco é do “Sermão do bom ladrão”, do qual extraio a seguinte passagem: 

“Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre por andar em tão mau ofício; porém, ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, senhor, que eu por que roubo em uma barca sou ladrão, e vós porque roubais em uma armada sois imperador?. Assim é. O roubar pouco é culpa. O roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, com muito os Alexandres”. Mas, Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: “Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que fez o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos tem o mesmo lugar; e merecem o mesmo nome”.

Mais adiante, o sermão prossegue:  

“...O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera, os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento distingue muito bem S. Basílio Magno: Não são só ladrões, diz o Santo, os que cortam bolsa ou espreitam os que se vão banhar para lhes correr a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam..”   

 

Faça o leitor a sua análise. Na política brasileira, esse trecho barroco é ou não atualizadíssimo?

ESCOLA KEYSSON DE FREITAS PROMOVE MANHÃ CULTURAL

 

       Na manhã do dia 30 de agosto quem esteve participando de um evento cultural realizado na Escola Kleysson de Freitas, sob a liderança da jovem professora Isanara Barros foram os poetas Paulo Tarciso e Rosa Ramos. O evento foi realizado no salão nobre da referida escola em homenagem aos poetas buiquenses e contou com a participação de cerca de 100 crianças, as quais apresentaram as biografias dos homenageados, declamaram versos de cordéis de homenageados e fizeram o maior “barulho cultural”.

         Durante o evento Rosa Ramos agradeceu as homenagens, disse está muito feliz naquela manhã, principalmente por está diante de tantas crianças, futuros de nossa terra e presenteou a todos com a declamação de alguns poemas de sua autoria. Em seguida foi a vez do poeta Paulo Tarciso, que também agradeceu pelas homenagens e declamou duas poesias, uma de autoria de Cecília Meireles e outra de Chico Pedrosa, encerrando sua participação cantando uma canção infantil intitulada “O circo chegou”, sendo agraciado não só com os aplausos dos presentes como também com a mais bela expressão do ser humano: o sorriso da criançada. 

       

No final da apresentação Tarciso presenteou a escola com dois volumes do livro “As Janelas do Sobrado”, de sua autoria para serem utilizados na Biblioteca daquela escola.

                Rosa Ramos e Paulo Tarciso agradecem a professora Isanara Barros e a direção da Escola Kleysson de Freitas, pelas homenagens recebidas e se dizem sempre disponíveis para eventos culturais dessa natureza.

Esta matéria foi publicada no blog Buiqueecia, do amigo Francisco, no dia 06.09.2013, a quem este poeta bloqueiro agradece pelo apoio cultural  e aproveita a ocasião para o parabenizar pela competente cobertura do dia 07 de setembro.

1º EXPRESSA BUÍQUE FOI UM SUCESSO

          
Na noite de 29 de agosto p.passado na praça Major França - coração desta cidade, aconteceu o evento cultural denominado “PRIMEIRO EXPRESSA BUÍQUE”, organizado pelo “grupo de leitores Cyl Gallindo”, um grupo de jovens, todos amigos do saudoso escritor buiquense Cyl Gallindo, falecido recentemente. (São membros do grupo Joselene Cavalcanti (Jó), Leonardo Silva (Léo), Werlle Freire, Fabiana Silva, Sandra Silva (San produções), Alex Soares, Washington e Diego Silva).

         O evento ocorreu numa estrutura montada no centro da cidade com direito até a palco para quem quisesse se apresentar, já que o principal motivo é descobrir e apresentar os talentos artísticos do município.

         Aproximadamente as 19h40m o evento teve início com Joselene e Léo que se levantando do meio da platéia em direção ao palco do evento declamando os versos da canção “Buíque, terra do sal”, de autoria do jovem Alex. Encerrada a declamação, cumprimentaram o publico e informaram o motivo principal do evento e já convidaram a primeira atração a subir ao palco. O grupo “Quatro Cordas” deu o seu recado apresentando algumas músicas adaptadas ao estilo solo de violão encerrando esse primeiro bloco musical com o hino de Pernambuco. Em seguida “Léo” e “Jó” assumiram os microfones e convidaram a poetisa buiquense Rosa Ramos, a qual, de pronto cumprimentou a platéia e declamou alguns versos de sua autoria, recebendo os aplausos dos presentes.

         Em continuação foi a vez do grupo de dança “D Boys”, formado por quatro jovens, da Escola Vigário João Inácio, que fez uma apresentação de hip-hop por cerca de 20 minutos, surpreendendo o público que sequer tinha conhecimento de que na cidade havia esse grupo de dança que tão bem representa Buíque, no quesito dança jovem.

         Em seguida, foi perguntado se alguém da plateia tinha algo para apresentar, foi quando todos foram surpreendidos com a bela jovem Stephany Carvalho, também da escola Vigário João Inácio que subiu ao palco e deu um show de apresentação, tocando violão e cantando uma canção internacional, encantando a todos com seu talento, sua voz e sobretudo com sua beleza jovial.

         Mas ainda havia atração. Desta feita foi a vez deste poeta e cordelista, usando a palavra parabenizou a organização do evento e presenteou a todos com a declamação do cordel de sua autoria, intitulado “VIOLÊNCIA NA TV”. Em seguida foi a vez de outro grupo de jovens, formado por Ganso, Johnathas, Jandison Suel e Kamilla Melo, subirem ao palco e cantarem uma linda canção nacional e receber os aplausos de todos.

         Quem pensava que o evento havia sido encerrado, enganou-se porque ainda havia muito “fogo na fogueira”. Foi a vez da apresentação dos índios da Aldeia Kapinawá, liderada pelo cacique que depois de dar uma mini aula sobre a cultura indígena, o grupo formado por aproximadamente 25 índios, passou a cantar e dançar o Toré e samba de coco por aproximadamente 40 minutos.

         Prosseguindo as atrações, foi a vez de Fabiana Silva, membro do grupo de Leitores Cyl Gallindo fazer uma homenagem ao saudoso escritor, declamando alguns textos do filho ilustre de Buíque, sendo aplaudida por todos.

 

         Encerrando a noite cultural, o grupo quatro cordas foi convidado a subir ao palco mais uma vez, e desta feita apresentou a música mais esperada da noite, “Buíque terra do sal, das areias coloridas do vale do Catimbau”, cantada pelo jovem Alex, cujo coro foi repetido diversas vezes pela platéia presente, encerrando assim a primeira apresentação do “Expressa Buíque”, que promete voltar brevemente com mais novidades.

         Segundo os organizadores as expectativas foram “além do esperado, o que nos dar mais gás para futuros eventos dessa natureza, agradecendo também a todos que apoiaram o evento”, declararam Léo e Joselene.

JUÍZA AUTORIZA SEPULTAMENTO DO CORPO DE DOMINGUINHOS EM GARANHUNS

   

    
 

      A juíza Andréa Duarte Gomes, da 1ª Vara Cível de Paulista, autorizou a exumação e o traslado do corpo do cantor José Domingos de Morais (Dominguinhos) e posterior enterro em cemitério público, localizado no município de Garanhuns. A decisão foi assinada na quinta-feira (29).

    Dominguinhos morreu no dia 25 de julho deste ano por complicações cardíacas e infecciosas, aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O corpo do cantor está no cemitério Morada da Paz, em Paulista.

    O pedido para a exumação e posterior sepultamento do compositor em Garanhuns foi feito pelo filho de Dominguinhos cantor Mauro José Silva de Morais. Também contou com o consentimento da filha Liv Mendonça de Morais e da ex-mulher Maria Guadalupe Vieira Mendonça, que expressaram o desejo de que o cantor fosse enterrado definitivamente em sua terra natal.

   Em sua decisão, a magistrada destacou o fato de Dominguinhos ser um expoente da música e da cultura popular brasileira, tendo sido uma personalidade de extrema expressão que se perpetuou através de sua obra, deixando um verdadeiro legado, sobretudo para os nordestinos, e, mais especificamente, para o povo do agreste e do sertão pernambucano. Também observou que, quando em vida, o prestigiado músico externou, através de entrevista, a vontade de ser sepultado em sua terra natal - Garanhuns. Perguntado sobre onde ficaria quando de sua morte, o cantor afirmou: "Ave Maria, eu sempre falo de Garanhuns". Externou, ainda, apego à sua terra natal ao compor "Meu Garanhuns".

        "A legislação sanitária estadual estabelece o prazo mínimo para exumação, sendo de três anos, contados da data do óbito, no caso de adulto, e de dois anos, em se tratando de criança de seis anos de idade, inclusive. Entretanto, a legislação permite a não observância dos prazos acima mencionados, quando existir necessidade de perícia judiciária, por questões sanitárias e sempre que o interesse público determinar, mediante autorização judicial", explicou a juíza.

    "Por conseguinte, considerando a vontade do falecido Dominguinhos, coincidente com a vontade externada por seus filhos Liv e Mauro, bem como por considerar as fortes raízes de Dominguinhos com seus costumes, sua terra natal, principalmente, o patrimônio cultural envolvido, motivo de regozijo, exultação do povo do agreste, vislumbro interesse público a justificar o deferimento do pleito em tela, inexistindo qualquer prejuízo a terceiros e/ou à coletividade", concluiu Andréa Duarte Gomes.

       O traslado do corpo deverá acontecer mediante transporte específico para tal fim, em caixão funerário adequado, ou em urna metálica. Todo o processo será acompanhado pela vigilância sanitária.

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Fonte: Assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Rebeka Maciel | Ascom TJPE