domingo, 8 de setembro de 2019

APESAR DE TUDO, CONTINUO SENDO “GENTE”. AINDA RESTAM AS EMOÇÕES.

Fotos 07 de setembro 2019, por Leonardo Silva
               
               
    COMENTÁRIOS SOBRE O DIA 07 DE SETEMBRO DE 2019

       Quando jovem, imaginava que as fortes emoções de civismo iam se acabando com o passar do tempo. Ainda ouço alguns amigos comentando: “Não há o que comemorar em nosso país”.  Breve esses desfiles vão se acabar. Ainda temos umas poucas bandas, mas daqui a pouco nem elas vão desfilar mais”. E assim seguem os comentários...

      Me recordo do tempo de criança e adolescente. De fato, os desfiles eram mais marcantes. Certo ano, na década de setenta uma escola representou de maneira fenomenal a condenação de Tiradentes, no centro da cidade. O condenado desfilou com vestimentas idênticas ao personagem, passeando em carro alegórico pelas ruas da pequena cidade à época e foi “enforcado” diante da multidão na praça principal. Os trajes dos personagens, principalmente  dos principais, a barba daquele que interpretrou Tiradentes, transformava a cena quase em realidade. 

       Em outra ocasião, alunos de outra escola interpretaram “O grito de independência”. Vários personagens, vestindo roupas idênticas à época, espadas à mão e montados em cavalos, davam um brilho especial à encenação. 

       Como vivenciávamos à época governos militares, não era só a banda de cada escola que desfilava. Todo o alunado era obrigado a percorrer as ruas da cidade vestindo sua farda, que por sinal era comprada pelos pais dos alunos. Alguns de família mais abastada eram escolhidos para usarem trajes de personagens famosos da história do país, como Duque de Caxias, D. Pedro I, Princesa Isabel,  etc. Os mais pobres, como eu, se contentavam em desfilar usando uma camisa de malha branca, calça social azul e um sapado Konga com meias brancas – combinando com a camisa. As costureiras naquele tempo ficaram muito atarefadas nesse período. As vezes quase na hora de começar os desfiles, ainda haviam roupas no “acabamento final”. Só depois de mais jovem foi que comecei a tocar na banda marcial da escola, e gostei tanto que passei quatro anos tocando “caixa”. 

        Na época não existia a facilidade de registrar os momentos com tantas fotos, pois só existiam na cidade dois fotógrados; Egídio e Joaquim Retratista, que depois foi substituído por seu filho Vilson do Nascimento. Os dois primeiros já faleceram e hoje só resta o último – Vilson Fotografia, como é popularmente conhecido. O diferencial nesse aspecto é que hoje praticamente todo mundo possui, ou câmara fotográfica ou celular para registrar os momentos, não só uma, mas dezenas ou centenas de fotos, como desejar. Naqueles idos só existiam dois stúdios fotográficos na cidade. Os “retratistas” viam filas quilométricas de pessoas querendo tirar suas fotos, para guardarem  como lembranças, e era preciso paciência para aguardar na fila a vez do “click” de suas máquinas, e depois ter que esperar no mínimo uns 10 ou 15 dias para receber as fotos. Se não gostassem, porque saiu de olho fechado ou fazendo um gesto inesperado, não tinha jeito. Só esperar o próximo ano pra ver se tinha mais sorte.     

       Pois bem, passados esses anos, mudou o regime político, entrou a democracia e aos poucos os desfiles começaram a mudar. A maioria das bandas deixou de ser “marcial” e passou a ser chamada de “fanfarras”.  Saíram os hinos, digamos mais patrióticos e começaram a tocar todo tipo de cultura, até a popular “beber, cair e levantar” e similares. Os desfiles dos alunos deixou de ser obrigatório e agora, apenas a banda de cada escola faz sua apresentação, as vezes seguido por pequeno grupo de representações. No entanto, o que é mais importante continua a acontecer. O prazer, a satisfação dos pais e dos próprios alunos participarem desta data tão importante em nosso calendário.   

        Ontem, mais uma vez senti os “cabelos arrepiados” e um “nó na garganta” em diversos momentos, ao presenciar nos desfiles, diretores, professores e principalmente alunos, crianças, adolescentes e jovens, com sua energia vitalidade e esperança, representando, de alguma forma o seu amor pelo país. Mesmo os que de uma forma ou de outra estavam protestando, dessa forma também abrilhantaram a festa, que foi linda.

      Por fim, quero apresentar meus parabéns a todos que contribuíram para o êxito dessa grande celebração cívica, começando pelos diretores das escolas, seus professores e auxiliares, os “maestros” que coordenaram as bandas, cada instrumentista, mas, sobretudo os alunos. São eles que de fato fazem a festa. 

        Parabenizo também o governo municipal, pelo empenho e auxílio praticamente a todas as escolas que desfilaram ontem. À Secretaria de Educação do município, pelo excelente trabalho e até por haver desfilado com sua competente equipe, e, para completar a lista, a todos os blogueiros que registraram os grandes momentos dessa bonita festa ocorrida no dia 07 de setembro de 2019, tirando fotos, publicando matérias e de toda forma dizendo: “Brasil, Buíque, eu estou aqui também!”.

        Ah, sim, por último e não menos importante, parabenizo também à população buiquense, que compareceu em massa para prestigiar essa grande festa do calendário nacional.   



Algumas fotos antigas do meu acervo particular e outras de ontem, extraídas da internet:
Década de 60 na praça central. No lugar dessa escola ao lado esquerdo, hoje é o anfiteatro

07 de setembro de 1978 na rua Osório Galvão - subindo para a atual praça de eventos
Década de 60 na praça Major França
Década de 60 - Praça Major França.   
07 se setembro de 1978 - rua Osório Galvão
Foto de 1974 - Alunos da Escola S. Félix de Cantalice antes de desfilar. Na foto estão alguns conhecidos, como: Agachados, da esquerda para a direta: 1-João Paulo, eu (Paulo Tarciso), Enoque de Pedro Bolão, Adauto de Edgar, Luis do posto e Ricardo de Zé Tenório. Dos que estão em pé não identifico todos, mas só alguns: 1ª Não recordo o nome, 2ª) Sonia de Leba, 3ª) Filha de seu Bianô, 4º Filha de Pedro Bolão, 5º) Fátima de seu Leba, 6ª) não lembro e 7ª) Preta de João Gago.  Fila de trás: 1º) não me lembro, 2º) João ou Gera de Otávio, 3º) Bibi de João gago. As demais não me recordo dos nomes.    






                                            FOTOS ATUAIS SETEMBRO 2019
 
 
 

Clique no link abaixo e veja cobertura fotográfica completa, através de publicação do blog "Choque Cultural", do amigo Leonardo Silva"



 

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

UM PASSEIO NO OUTRO PLANO E O RETORNO À TERRA – EXPERIMENTANDO O CÉU E O” INFERNO” AINDA EM VIDA.




            Reconheço que o tema que comento hoje é muito polêmico e poucos tem a capacidade de compreender. Mesmo assim, como achei interessante resolvi publicar, deixando claro que a intenção maior é mostrar como o nosso mundo está confuso, poluído e permeado pelo ódio. Não falo apenas da natureza vegetal ou animal, mas da natureza humana mesmo. O melhor caminho é, e sempre foi o amor, a fé e a esperança. Então, vamos lá!...

            Recentemente estava em minha residência vendo umas matérias na internet, e, sem nenhuma intenção ou sem escolher, de repente entrou uns vídeos com o título “EQM – Experiência Quase Morte". E subtítulo "Afinal, o que somos nós ?”. Por curiosidade comecei a ver aquele que estava começando. Eram duas pessoas que falavam: um entrevistador, que é médico neurologista, com várias outras especialidades e o entrevistado. Vi vários depoimentos: Idosos, de meia idade, jovens, homens e mulheres. De tudo um pouco, mas, o quero destacar não são os personagens, mas sim as experiências que cada um revelou.

            Um deles, com mais de sessenta anos de idade, de profissão engenheiro, com várias outras formaturas em seu currículo, inclusive disse falar diversos idiomas. Em sua experiência narrou sobre um acidente que “lhe tirou a vida” por algumas horas e ao sair do corpo passou por um túnel – todos eles narram essa passagem, e quando chegou “do outro lado” se viu num campo muito bonito, lindas árvores, rio de água cristalina, pássaros voando, ar puro e uma paz nunca experimentada anteriormente. Disse também que viu vários grupos de pessoas – todos vestidos de roupas brancas, passeando pelo parque; outros sentados no gramado e conversando, tendo alguém em cada grupo se destacando como sendo um professor ou "guia espiritual", orientando os demais. Esse entrevistado deixou claro que não era adepto de nenhuma corrente religiosa, mas que acreditava em Deus; inclusive em determinado momento disse que um grupo de seres estranhos que ele não via, mas sentia sua influência por perto, tentava segurá-lo, para não permitir seu retorno ao corpo aqui na terra. Foi quando ele declarou em tonalidade de ordem:"Quem vai decidir aqui não são vocês, mas Deus!". Ao citar o nome de Deus, seu espirito foi liberado por uma força superior e ele retornou ao corpo. Se acordando no leito do hospital onde estava cirurgiado. Lembrando mais uma vez que esse depoimento foi de um engenheiro, não adepto de nenhuma corrente religiosa. 

           Essas narrativas foram gravadas dentro de um consultório, diante de um profissional especializado, e cada entrevistado falou em torno de quarenta ou cinquenta  minutos. Apenas um jovem que teve um caso tão emblemático que o profissional resolveu entrevistá-lo por quase duas horas, tendo que dividir a matéria em três partes.

              Outro fator que quero destacar é que todos narram que quando retornaram à terra, assumindo seus corpos, ainda no hospital, sentiram a diferença entre o lugar onde estiveram e o nosso planeta. Disseram que é como como se saíssem de um paraíso e retornassem para um presídio de péssima reputação.

           Um dos entrevistados relatou que quando “voltou”; passado o período de convalescência, no apartamento do hospital, com uma Tv ligada viu os noticiários do dia. Era de causar náusea. Politicagem, corrupção, fanatismo de todos os grupos políticos; guerra de todos contra todos. Um verdadeiro inferno.

                  Por esse e outros motivos praticamente todos confessaram que se tivesse de escolher entre ficar onde estavam e retornar, preferiam ficar. No entanto, segundo eles a ordem superior não é de partirem antes do devido tempo, existem ordens superiores e não tiveram como desobedecer; por isso tiveram que retornar. 

               Todos narram a presença de uma luz muito forte – que alguns identificam como sendo Deus. Outros preferem não entrar no campo religioso para não causar polêmica. 

            Existem outros profissionais da saúde que alegam que tudo isso não passa de efeitos medicamentosos e da anestesia, que os pacientes usam durante o período da cirurgia, causando seus efeitos, capazes de confundir o real com o imaginário. O leitor reflita e decida quem de fato está com a razão.
    
                  Outra coisa que ficou patente em todos eles é que depois dessa experiência se tornaram menos orgulhosos, menos presunçosos e mais sensíveis à dor alheia. Mais amáveis e sobretudo muito mais compreensíveis. Alguns procuraram viver uma vida mais espiritual e, de uma forma geral, todos entenderam uma realidade: A vida é um sopro e não vale a pena brigar por pequenas bobagens. Temos que dar mais atenção aos familiares e amigos, e como diz minha amiga e companheira de trabalho, Áurea Gomes: “Vamos espalhar o amor, enquanto há tempo. Chega de tanto ódio !.