terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MENSAGEM NATALINA DO POETA PROFESSOR CARLOS ALBERTO CAVALCANTI


           Nesta manhã recebi uma linda mensagem natalina do grande amigo, poeta e professor CARLOS ALBERTO CAVALCANTI, professor da AESA-CESA. De tão linda, resolvi não ficar só pra mim. Espalhar para os meus amigos também. 

           A mensagem veio em forma de soneto e tem por título "QUE BRILHE A LUZ DE CRISTO".

              Agradecido ao querido professor, aproveito também para desejar a ele a todos leitores deste blog, um natal cheio de paz, saúde e esperança e um ano novo repleto de alegria e realizações, na companhia do nosso pai celestial.

Eis a mensagem do professor Carlos:

                                                    
                                              QUE BRILHE A LUZ DE CRISTO 
                                                   Carlos Alberto Cavalcanti


                                       Se não fora as lamparinas
                                       de orgulho que ofusca a tantos,    
                                       mais das luzes natalinas  
                                       iam brilhar noutros recantos.

                                       Mais sorrisos, menos prantos;
                                       mais verdades que mentiras;
                                       mais esperanças pra quantos
                                       passam fome e vestem tiras. 

                                       Um natal assim se espera:
                                       seja o amor a lei que impera
                                       e todos pratiquem o bem,

                                       Pra que a paz ao ódio vença,
                                       e se faça jus à crença
                                       na criança de Belém.

Professor Carlos Alberto - autor da mensagem



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

FOI SEM QUERER QUERENDO QUE ROBERTO BOLAÑOS PREFERIU MORRER DO QUE PERDER A VIDA

           
Tendo em vista que este blog passou vários dias fora do ar, por problemas técnicos e considerando que a mensagem abaixo foi escrita nesse período, resolvo postá-la nesta data, mesmo o fato nela narrado tendo ocorrido há vários dias.

        Foi numa manhã de sábado, dia 28 de novembro, pelas 14:30 horas, na cidade de Cancún, (México) que o menino moleque Chaves foi convidado a mudar de residência, depois de 85 anos fazendo o povo ri com suas brincadeiras malucas e engraçadas. A partir de agora os milhares de fãs do artista - desde pessoas de idade avançada até o pequeno bebê, sentirão saudades do moleque mais querido da televisão. Justamente ele que costumava dizer: “Prefiro morrer do que perder a vida”. Realmente, o corpo se foi mas em vida continuará sua rica história que semeou alegria para milhares de crianças e até para muitos adultos que ainda conservam um pouco da criança que ainda vive dentro de cada um de nós.        

          Com suas frases infantis, como a famosa “ninguém tem paciência comigo”, o Chaves, ou melhor, o Roberto Bolaños, “sem querer querendo”, fez sua “última viagem”. Afinal, já estava com 85 anos de idade e com o peso da idade, não podia mais correr com os amigos de brincadeira Kiko, Chiquinha, D. Florinda, seu barriga e tantos outros. Alguns desses também já partiram e outros estão cansados de tantas brincadeiras e aventuras nos palcos da vida real. 

         Isso, isso, isso. O Roberto Gómez Bolaños se foi, mas o Chaves e o Chapolim continuarão por muitos e muitos anos animando seus fãs por todo este planeta. Aonde existir uma televisão o moleque ainda fará muitas gerações sorrir com suas traquinagens inocentes, sem precisar usar palavrões, nem apelação sexual. Tá bom mas não se irrite!

         Para milhares de meninos espalhados nos recantos dos países rico e pobres, onde existir um menino precisando de uma companhia para brincar e fazer travessuras, o Chaves e o Chapolim Colorado não morreram e nunca morrerão. Em cada brincadeira, em cada sorriso e em cada abraço infantil eles estarão presentes, trazendo alegria, semeando a esperança e o prazer de viver a vida com simplicidade. 

         O Chapolim Colorado, que dizia não poder comemorar o seu aniversário no mês de setembro porque nasceu em março e o Chaves que afirmava que "Ninguém tinha paciência com ele"  não foram sepultados com seu intérprete no cemitério Panteón Francés, na cidade do México. Ali ficou apenas o corpo de Roberto Bolaños, porque os dois moleques criados por ele ainda vão alegrar muita gente, e por muito tempo.
Viva o chaves!. Valeu Chapolim colorado!

Pi pi pi pi pi pi pi pi pi.



sábado, 13 de dezembro de 2014

O DIA QUE EU CHOREI COM SENADO BRASILEIRO

          
Foto 1 Senadores Paulo Paim e Eduardo Suplicy cumprimentando Pedro Simon. Foto 2: posse de Pedro Simon como 30º governador do Estado do Rio Grande do Sul, em março de 1987, no Palácio Piratini e foto 3.Despedida de Pedro Simon no Senado Federal.

      Foi Durante uma sessão especial, repleta de fortes emoções, que o senador PEDRO SIMON, do PMDB do Rio Grande do Sul se despediu daquele parlamento, depois de 32 anos de serviços prestados ao seu Estado e ao país. O dia 10 de dezembro de 2014 ficou marcado nos anais daquela casa legislativa.

             Em seu emocionado discurso de despedida, Simon, relembrou seus dias de infância e juventude, seus embates políticos, sempre em prol da liberdade e da democracia. Lembrou muitos amigos que percorreram os mesmos trilhos, alguns deles ainda na ativa e ali presentes, porém muitos já em outro plano, como o ex governador Miguel Arraes de Alencar, Mário covas, Darcy Ribeiro.  Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e tantos outros.

             Com muita emoção, o Senador frisou que “o tempo não espera por ninguém e corre velozmente”. Relembrou com riqueza de detalhes, “como se fosse agora” o seu discurso como orador na formatura da turma do curso de Direito, lido há mais de 60 anos e fez uma ponte entre aquele momento e que vivenciava agora. 

             Há 60 anos de vida pública, Pedro Simon foi governador do Rio Grande do Sul no período de março de 1987 a 01 de abril de 1990, Deputado Estadual, por 4 mandatos consecutivos pelo mesmo Estado, exerceu também o cargo de Ministro da agricultura e desde o dia 15 de março de 1979 exercia com muita dignidade o cargo de Senador da República, representando o Estado do Rio Grande do Sul. 

            Assim como o Pedro da Bíblia, o Simon, encerrou sua carreira. O da bíblia deixou um legado espiritual, o de Rio Grande do Sul, deixa um legado de exemplos de honradez, coragem, determinação e honra, sempre em busca da paz social e da liberdade do nosso país.

             Em sua fala de despedida Simon, disse: “As minhas palavras deixam agora o alento dos discursos para semear idéias com a juventude que clama por mudanças. Minhas sementes de ética na política do Brasil de hoje e de amanhã” – afirmou.

             Fez criticas ao governo atual e citou casos de corrupção como o mensalão e os escândalos da Petrobrás, no entanto comemorou a luta contra impunidade e a aprovação da Lei da Ficha Limpa, que considerou um grande passo rumo à moralidade na representação política.

             Com a voz as vezes embargada pela emoção, citou vários momentos importantes de sua vida, lembrou seus familiares, recitou poema de Manoel de Barros e resumindo sua vida pública, parafraseando Francisco de Assis, de que confessa ser devoto, recitou:

 “Onde vi repressão, lutei para levar liberdade;
Onde vi tirania, lutei para levar democracia;
Onde vi corrupção, lutei para levar ética.;
Onde vi impunidade, lutei para levar justiça”.

          Disse que vai aproveitar o tempo para conversar com os amigos, ler, ouvir música e se dedicar a família.

           Ao concluir seu discurso foi ovacionado de pé por vários minutos e em seguida passou a ser homenageado por apartes por 36 de seus colegas, que fizeram questão de registrar o momento.  Destaco alguns deles:

          A Senadora Ana Amélia (PS-RS) leu uma carta recebida por ela de um admirador de Simon, em cujo teor dizia que o ele era um homem reto e justo que deixará uma lacuna impreenchível.

            O Senador Paulo Pain (PT-RS), que presidiu a Sessão histórica disse que se orgulhava de participar daquele data histórica para ouvir o discurso de um conterrâneo.

           O Senador Eduardo Suplicy, que também se despede do Senado, teve que interromper sua fala várias vezes, diante de tanta emoção e destacou a amizade, o respeito e o equilíbrio que o Simon sempre manteve naquele ambiente, mesmo quando ocupava posições divergentes das dos seus colegas.

           Outros senadores também apartearam a memorável sessão, como Magno Malta (ES), Jarbas Vasconcelos (PE),Valdir Roupp (RO) Roberto Requião (PR) e tantos outros, todos exaltando o exemplo do político na luta pela redemocratização do país e considerado como inspiração e referencia de ética na política para a maioria dos colegas, que lamentaram a perda para o Senado.

           Depois de mais de três horas discursando e ouvindo apartes, o presidente da Sessão Paulo Pain (PT-RS), considerando a idade avançada do senador Simon, com a devida vênia, interrompeu o discurso e indagou se o homenageado queria usar de uma das cadeiras da mesa do Senado, ouvindo a resposta que mesmo cansado iria continuar de pé até o fim da Sessão e nesse momento foi mais uma vez aplaudido e continuou de pé até o último orador usar a palavra, inclusive agradecendo a cada um logo após receber cada saudação. A sessão especial durou mais de seis horas.

         Sem suas palavras finais, Simon proferiu também suas bem aventuranças:

“Bem-aventurados todos aqueles que, abnegados, gritam e lutam contra a corrupção e contra a impunidade;
“Bem-aventurados os que, apostolados, empunham a bandeira da ética na política;
“Bem-aventurados sejam todos os que, por meio de assinatura e pressão sobre o Congresso Nacional, alcançarem o índice da pontuação da Ficha Limpa”.

           A sessão ocorreu na manhã e tarde do dia 10 de dezembro vigente e como não tive tempo para assisti-la completa pela TV SENADO e tendo em vista que a mesma foi repetida a noite, fiz questão de assisti-la por inteiro até às 02h40m da madrugada, sem dar um cochilo sequer.

           E como disse no título desta matéria, não me envergonho de dizer que em alguns momentos me emocionei e chorei, como tantos outros parlamentares ali presentes, concluindo que, apesar de tantos políticos que não merecem um voto do seu povo, ainda existe homens sérios e comprometidos com a sua missão de honrar seu povo e sua pátria.

           Foi nesse calor emocional daquela madrugada, quase três horas da manhã que fiz questão de acessar o email do senador e enviar uma mensagem “De neto para o avô”, parabenizando o “Pedro de RS” que em Brasília honrou a nação e o povo brasileiro.

 Valeu Simon.  



terça-feira, 9 de dezembro de 2014

DICA DE LEITURA: GUIA "POLITICAMENTE INCORRETO DA FILOSOFIA", de LUIZ FELIPE PONDÉ


      Concluí, na tarde de ontem a releitura do livro “GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA FILOSOFIA” (Ensaio de Ironia), autoria do filósofo Luiz Felipe Pondé.

        O livro foi lançado pela editora LEYA, em 2012 e contém 230 páginas, distribuídas em 27 partes (capítulos) incluindo nesse rol a introdução, apêndice e índice. 

        Seu autor é filósofo, doutor em filosofia moderna pela USP/Universidade de Paris e pós- doutor pela Universidade de Tel Aviv, Israel. Professor da PUC-SP e da FAAP. É colunista da Folha de São Paulo e autor dos livros “Do Pensamento no deserto”, “Conhecimento na Desgraça”, “O Homem Insuficiente”, (todos da Edusp), Crítica e Profecia (Editora 34) e do best Seller “Contra um mundo melhor”, publicado pela Leya em 2010.

        A obra contém, como o próprio título sugere, uma série de críticas ácidas contra a hipocrisia do politicamente correto. As vezes, de tão ácida,  a crítica chega a ser desagradável. Não sem pretensão, eis que o próprio autor sugere logo na introdução:

 “Este livro não é um livro de historia da filosofia, mas sim um ensaio de filosofia do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filosófica que dialoga com a filosofia e sua história, movido por uma intenção específica: ser desagradável para um tipo específico de pessoa (que espero, seja você  ou alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que espero seja o seu, ou de um amigo inteligentinho  que você tem)...” (grifo nosso).

        Apesar do tema filosofia, o livro tem uma leitura de fácil compreensão. Mesclando pensamentos dos principais filósofos como Aristóteles, Maquiavel, Platão, Darwin, Platão, e outros, o autor, que confessa ser um pecador irônico, procura desconstruir todo o arcabouço do pensamento “politicamente correto”, por ele considerado uma mentira moral e universal.

        Em alguns pontos da obra, o autor critica o fato de que pessoas que conquistaram espaço por mérito, estão perdendo esse mesmo espaço para muitos desajujstados, despreparados e incompetentes que estão aos poucos ingressando em vários quadros sociais, às custas do primeiro grupo. “Muitos vivem às custas de poucos”.  

         Depois de concluir a leitura, reli a obra inteirinha, sublinhando vários textos, como de costume, e resolvi postar essa dica de leitura, destacando alguns pontos e frases que julguei interessantes, só para provocar no leitor o desejo de também conhecer a obra e tirar suas próprias conclusões, asseverando que vale a pena adquirir e “digerir” essa obra.

 ALGUNS DESTAQUES QUE FAÇO:

“O futuro do mundo é ser brega”

“(...) Uma das coisas que os politicamente corretos mais temem é a ética aristocrática da coragem levada para a vida cotidiana, porque ela desvela o que há de mais terrível no ser humano, a saber, que ele é o animal mais assustado e amedrontado do mundo (...)

Comentando sobre a noção de aristocracia:

(...) Uns poucos são melhores do que a maioria dos homens. A sensibilidade democrática odeia esta verdade: os homens não são iguais, e os poucos melhores sempre carregaram a humanidade nas costas (...).

“A função da educação é exatamente identificar nos alunos suas diferenças e colocá-las a serviço da sociedade. Os melhores liderem, os médios e medíocres seguem. Qualquer professor sabe disso numa sala de aula. Uma das maiores besteiras em educação é dizer que todos os alunos são iguais em capacidade de produzir e receber conhecimento”.

“o povo é sempre opressor. Quando aparece politicamente é para quebrar coisas. O povo adere fácil e descaradamente (como aderiu nos séculos 19 e 20) a toda forma de totalitarismo. Se der comida, casa e hospital, o povo faz qualquer coisa que você pedir”.

“Talvez a pior coisa da democracia seja o fato de que ela deu aos idiotas a consciência de seu poder numérico, como dizia o sábio Nelson Rodrigues”.

“Quanto mais um homem ama (investe afetivamente em) uma mulher, mais ele fica inseguro e ciumento. Se seu namorado estimula você viajar sozinha, ele provavelmente a está rifando. (...) Por isso mesmo uma fêmea até hoje não suporta machos fracos, medrosos e “pobres”.

“A maioria esmagadora dos homens baba pela beleza feminina.”
A maior inimiga da beleza da mulher é a outra mulher, a feia (...) As feias, que são num certo sentido  maioria e a regra, só aceitam uma mulher bonita quando esta já não é  mais tão bonita”

“Nada é mais temido por um covarde do que a liberdade de pensamento”.

O mundo acabou, fique em casa. Ver filmes em casa ficou mais chique do que ir para o exterior. Hordas de turistas, com sua alegria de classe média, destroem os países, invadindo catedrais com suas máquinas de filmar e suas fotografias digitais, tiradas enquanto comem comida (com gosto de plástico) de avião (...).
  
 “Como todo homem sabe, a mulher nunca está satisfeita, E se você se preocupa em deixá-la satisfeita, você vive uma batalha sem fim, que ela mesma não reconhece como existente”.

“Independentemente do fato de que ditaduras são horríveis, a brasileira não liquidou a esquerda como se fala por aí. E mesmo os tais guerrilheiros lutavam por uma outra forma de ditadura. Tivesse a guerrilha de esquerda vencido a batalha nós acordaríamos numa grande Cuba. A ditadura de certa forma nos salvou do pior”.

“Nada pior do que essas pessoas que não sabem nada, mas não sabem que não sabem nada, e levam suas vidas banais (...)”

“(...) o mundo funciona na lógica das trocas de interesses e de possibilidade de interesses, e a natureza humana está mais para o Príncipe do Maquiavel do que para o Pequeno Príncipe (de Antoine Saint Exupéry)”.




sábado, 29 de novembro de 2014

AVENTURA NO VALE DO CATIMBAU - NOVA DICA DE LEITURA


      O titulo desta matéria é do livro que li na manhã de hoje. Seu autor é o paraibano Josédio Gusmão, natural de Campina Grande, bacharel em Geografia, pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP e pesquisador das regiões semi-áridas do sertão paraibano. A publicação da obra ocorreu no 1997, pela Editora BAGAÇO. A obra narra com ricos detalhes, a história de um professor e seus alunos que resolvem se aventurar em passeio turístico, pelas terras longícuas e selvagens do agreste pernambucano, mais precisamente o VALE DO CATIMBAU.

    O livro, catalogado como ficção brasileira conta com 133 páginas recheadas de fortes emoções. Para melhor descrever o passeio o autor contou com o auxílio do ilustrador Zenival, que fez seu trabalho de forma tão profissional que conseguiu “casar” o texto com os desenhos tão vivos que parecem fotos reais.  Inclusive a capa, que por ser colorida (as demais ilustrações são em preto e branco), demonstra perfeitamente uma das paisagens do Vale do Catimbau.

         A narrativa começa com o grupo de turistas- o professor e seus alunos arrumando as bagagens e entrando no ônibus que sai da capital com destino ao interior de Buíque. No percurso, cada cidade, cada paisagem, o clima, a vegetação, os personagens vistos no caminho são vistos e recebem uma explicação do professor para seus alunos. Nada passa sem ser visto e observado e explicado pelo professor, inclusive a passagem pelas “Serra das Russas”, as cidades de Gravatá e Caruaru, as paradas para lanche, a chegada em Arcoverde e depois na Vila dos Carneiros em Buíque, onde um grupo de alunos registra o momento tirando uma foto cercando o famoso “pé de tambor”.

         Por fim, chegada no destino, o Vale do Catimbau. Lá o guia Luiz e o índio Jurandir dão as boas vindas aos turistas e aí começa uma bela narrativa do passeio turístico, destaque principal do livro. Os desaparecimentos, as surpresas em cada trilha, os pequenos acidentes, o mistérios do velho Zuza e da lagoa do Puiú, nada passa despercebido,é como se o leitor também estivesse em meio aquele grupo de turistas vivenciando cada emoção.

         Com uma leitura de fácil compreensão e rica em detalhes, a obra é recheada de emoções, prendendo o leitor em cada página em cada ilustração – diga-se de passagem muito bem . em alguns momentos

         A obra termina com o grupo retornando com o professor para sua cidade.
         A título de ilustração, descrevo trechos da última página:

“No dia seguinte, o motorista apresentou-se. Havia ficado na vila do Carneiro. Luiz, despedindo-se de todos, voltava para a Cabana do velho Zuza.
         Assim, o grupo ecológico do professor seguia de volta para casa. E, em cada um havia uma história para contar...

         Lá no alto, bem no alto das escarpas avermelhadas, uma pequenina silhueta acenava para o ônibus que desaparecia nas curvas do Vale do Catimbau....” 

        Quem se interessar em adquirir a obra pode entrar em contato com a Editora Bagaço, no endereço rua Conde de Irajá, 315, Torre. Recife – PE. CEP 50.710.310 ou com o próprio autor Josédio Gusmão, que infelizmente não consignou no livro nenhuma forma de contato pessoal, no entanto a Editora poderá suprir essa ausência de contato.

         Outra forma de aquisição é consultando o link abaixo, no qual o leitor vai encontrar o livro pelo valor de R$: 8,75 a R$: 12,50 mais o frete que deve ficar em torno de R$ 5,00.


http://www.estantevirtual.com.br/q/josedio-gusmao-aventura-no-vale-do-catimbau

sábado, 8 de novembro de 2014

ARRUMANDO A ESTANTE E "REVIRANDO A VIDA"


   Aproveitei o dia de hoje para dar uma arrumada na minha estante, que considero minha "biblioteca particular". Iniciei os trabalhos por volta de 9 hs. Como gosto muito de trabalhar ouvindo música, liguei o som e coloquei o CD Muira-Ubi - Cantilenas e Saudades, de Paulinho Leite e Tonino Arcoverde. Cada canção, uma história. 

  A primeira delas, inclusive a mais ouvida, porque repeti diversas vezes foi A LISTA, composição de Oswaldo Montenegro. A letra, que é mais do que um poema, na verdade, cantado é um lindo hino de reflexão, me fez mergulhar na melodia e no tempo, em cada frase. A primeira estrofe começa convidando:  "Faça uma lista de grandes amigos; Quem você mais via há dez anos atrás. Quantos você ainda vê todo dia. Quantos você já não encontra mais…"
    Voltei não só nos dez anos, fui mais profundo, cerca de vinte, trinta anos. Me lembrei dos amigos de infância e adolescância que ainda vejo praticamente todo dia: Carlinhos, Geraldo de Pergentino, Erivaldo da Farmácia, Paulão de Humberto, João Paulo (filho de seu Filadelfo), Júnior JKMS, Roberval Ramos, Manoel Wevvel, Mutuka e todo pessoal do Som Bléss Set e muitos outros . Me veio a mente também o amigo Esildo Barros, que morou na mesma rua que eu (próximo à praça Félix França), nos anos 70. Outras pessoas também me visitaram a mente: Lindalva Gomes, grande amiga e confidente dos tempos da Escola Vigário João Inácio, Nativa, Graça Gomes, Socorro Benedito e um sem número de professores que marcaram, e muito, a minha vida.  

   Depois desses amigos, obedecendo a canção, continuei me recordando de outros que já não encontro mais, porque se ausentaram da cidade em busca de trabalho e nunca mais retornaram, ou retornam apenas por poucos dias. Foi aí que entrou na lista o grande irmão Fernando Marcos Cavalcanti, que há duas décadas reside em Maceió; Donisete de Edgar, uma das pessoas mais alegres da minha adolescência, que há mais de trinta anos foi embora para São Paulo e nunca mais retornou à Buíque; Jair França, e seu irmão Jailson, conhecido como "Galego de Mário Buchudo", que também residem em São Paulo há mais de três décadas. Me lembrei também de Luis Coquinho e Cícero Carcereiro e suas "presepadas de menino" que tornaram minha infância e adolescência e de tantos outros mais alegre. Me recordei também Vanda de seu Beron, Teresa de D. Teté, Antonio de Sinhozinho, Neguinho seu irmão, o índio Dezinho de Águas Belas e até de outros que, no dizer do poeta cantor Rolando Boldrin, "viajaram antes do combinado". Entretanto, a mente continuou divagando enquanto a canção prosseguia seu defafio: 
    "Onde você ainda se reconhece, na foto passada ou no espelho de agora?" Foi aí que revirando as gavetas da estante vi diversos álbuns de fotografias e percebi as semelhanças e diferenças nas fotos de apenas 10 anos atrás e na "cara" que via no espelho há poucos minutos, ao me pentear....
    Entretanto, a música continuou me desafiando a refletir: "Quantos mistérios que você sondava. Quantos você conseguiu entender?". Nesse momento percebi que muitos mistérios que eu pensava desvendar, nos meus cinquenta anos de vida, pouquíssimos conseguir encontrar a resposta, apenas um: DEUS EXISTE. No demais, a única coisa que concluí é: "O QUE EU SEI É UM PINGO E O QUE IGNORO É UM OCEANO".

    Como a canção não parava de provocar reflexões fui mais adiante: "Quantos segredos que você guardava, hoje são bobos ninguém quer saber?". Foi nesse momento que me lembrei que no sábado passado estive no museu municipal e lá vi que o confessionário que era usado na igreja matriz passou a ser peça de museu. Me veio a mente os tempos de criança, quando ainda tão  inocente me ajoelhei naquele confessionário confidenciando os "pecados" próprios de criança e recebi ali o perdão do sacerdote, e com certeza de Deus também. Os segredos daquele tempo até eu mesmo esqueci, pois, como diz a canção: eram bobos e ninguém quer saber". Mas naquela época foi muito importante.  

     E, ainda provocando pela canção, pois a repeti diversas vezes, atendi a próxima reflexão: "Faça uma lista dos sonhos que tinha; quantos você desistiu de sonhar!". Foi aí que me recordei que um dos sonhos que tinha quando criança era ser locutor de rádio, ainda fiz um curso por correspondência mas nunca cheguei a fazer um programa, a não ser nas difusoras do cinema de meu pai. Outro sonho muito momentâneo, já na fase mais adulta foi ir embora de Buíque e colocar um comércio em outra cidade. Isso foi provocado pelo baixo salário que ganhava e não ter um emprego fixo e com salário razoável. Outro sonho era ter uma bela chácara ou sítio para brincar de balanço nas árvores com meus filhos, criar animais, dormir nas redes da varanda do sítio, etc. Desse sonhos apenas o último pode ainda voltar a existir, no entanto, meus filhos já cresceram, e muito rápido, e com isso o sonho deixou de existir para dar lugar a outros desejos.       

    Para concluir, os últimos questionamentos do poema  canção: "Quantos defeitos sanados com o tempo?  e, quantas canções que você não cantava hoje assobia pra sobreviver? Sobre os defeitos, não sei se os sanei com o tempo, talvez adquiri outros e substituí alguns. Quem sabe mais são os amigos do meu convívio. Sobre as canções, creio que eu sempre gostei de cantar, e muito mais de assobiar. É tanto que meus vizinhos já identificam minha aproximação de casa. É que tenho por hábito caminhar assobiando, e as vezes tão alto que se escuta com 50 metros de distância. Aí as pessoas dizem: Lá vem Paulo!  

     Por último, vem as últimas frases do poema: "Quantas pessoas que você amava, hoje acredita que amam você?" Esse último questionamento deixo para os amigos responderem. De minha parte  confesso ter um grande amor por todos e o desejo de tê-los na minha lista  por toda minha vida, presente e futura. 

Para quem quiser ver a poesia completa, ei-la:

A LISTA

Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais…
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar…
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?


P.S. 1. Ao final da "arrumada", joguei um monte de papel fora, limpando as gavetas e concluí tudo por volta das 17 horas. Assim como na vida, a gente tem que fazer isso de vez em quanto. "Dar uma arrumada. Jogar algumas coisas fora e organizar o que fica". 

P.S. 2.Quem quiser ir mais profundo, é só procurar no google a canção, na voz do seu autor ou com a dupla arcoverdense Paulinho Leite e Tonino Arcoverde e sentir as mesmas emoções que eu sempre sinto quando ouço essa música. 



  

sábado, 1 de novembro de 2014

A ARTE DE ESCREVER, DE SCHOPENHAUER



      Conclui nesta tarde a leitura do livro "A ARTE DE ESCREVER" de Schopenhauer. O livro foi publicado pela editora L&PM POCKET e tem 167 páginas com dicas, as mais diversas para quem gosta de escrever. É uma antologia de ensaios originais de "Parerga e Paralipomena", obra de 1851.

     Arthur Schopenhauer foi um filósofo alemão, escritor e poliglota e estudioso da linguagem do século XIX. Nasceu em Danzig, na Prussia a 22 de fevereiro de 1788 e morreu em Frankfurt am Main, a 21 de setembro de 1860.

    Na obra aqui referida, ele descreve de forma clara, as vezes crua e precisa e em alguns momentos de forma bastante cômica, os caminhos que todo escritor deve percorrer para ter êxito em seus projetos.

      Em vários trechos ele critica  escritores europeus, inclusive da própria Alemanha, e por consequência do mundo inteiro, por aceitarem, de forma passiva a decadência da escrita erudita e até a "morte" das línguas mais antigas, como o latim, no seu ver, as mais importantes do planeta. Ele não poupa críticas, inclusive ao o seu  próprio povo alemão: "(...) A abolição do latim como língua geral da erudição e, em contrapartida, a introdução do espírito pequeno-burguês nas literaturas nacionais foram um verdadeiro infortúnio para as ciências na Europa (...)", assegura. Mais adiante conclui: (...) basta notar o descuido com elas na França e mesmo na Alemanha (...)".

         O livro é dividido em cinco capítulos, assim distribuídos: I - Sobre a erudição e os eruditos, II - Pensar por si mesmo, III - Sobre a escrita e o estilo, IV - Sobre a leitura e os livros, e V - Sobre a linguagem e as palavras.

        Schopenhauer era pessimista em sua visão de mundo, considerou ser a vontade a ultima e mais fundamental força da natureza, que se manifesta em cada ser no sentido de sua total realização e sobrevivência. O conceito de vontade deste filósofo diz respeito a algo infinito, uno, indizível, e não a uma vontade finita, individual, ciente. Esta estaria presente no homem como em toda a natureza. Para ele, a realidade é vontade irracional, onde o finito nada mais é que mera aparência da realidade. A vontade infinita, traz, com ela a característica da saciabilidade, sendo então, algo conflitoso que geraria dor e sofrimento ao homem. 

         Organizado, traduzido e prefaciado e com notas der Pedro Süssekind, nascido No Rio de Janeiro em 1973, doutor em Filosofia pela UFRJ, além de tradutor, escritor e professor, especializado em Literatura Comparada na Universidade Livre de Berlin,  a obra é recomendada não só para quem  gosta de escrever, mas também para quem pretende ter uma boa compreensão de qualquer obra literária, seja ela um romance, um ensaio, uma reportagem ou mesmo uma peça teatral..

   Da obra destaco algumas frases para que o leitor tenha alguma ideia de seu conteúdo:

"(...) Só se sabe aquilo sobe o que se pensou com profundidade(...)" 

(...) Os eruditos são aqueles que leram coisas nos livros, mas os pensadores, os gênios, os fachos de luz e promotores da espécie humana são aqueles que as leram diretamente no livro do mundo (...)"

"(...) Com frequência escrevi frases que hesitei em apresentar ao público, em função de seu caráter paradoxal, e depois as encontrei, para minha agradável surpresa, expressas literalmente nas obras antigas de grandes homens (...)".

"(...) A presença de um pensamento é como a presença de quem se ama. Achamos que nunca esqueceremos esse pensamento e que nunca seremos indiferentes à nossa amada. Só que longe dos olhos, longe do coração!. O mais belo pensamento corre o perigo de ser irremediavelmente esquecido quando não é escrito, assim como a amada pode nos abandonar se não nos casarmos com ela (...)". 

     Sobre os críticos, que usam pseudônimo, para não serem identificados o autor assevera:

 "(...) Velhaco, diga seu nome!. Pois atacar, encapuzado e disfarçado as pessoas que passeiam mostrando seus rostos não é algo que um homem honrado faça: só os patifes e os canalhas agem assim. Portanto, velhaco, diga seu nome! (...)"

      Sobre essa tema, ela ainda declara:

"(...) Asim como a polícia não permite que as pessoas andem pelas ruas mascaradas, não deveria ser admitido que elas escrevessem anonimamente(...)".

"(...) É sempre melhor deixar de lado algo bom do que incluir algo insignificante(...)".

      Por último destaco mais duas frases que julguei por demais interessantes:

"(...)Usar muitas palavras para comunicar poucos pensamentos é sempre o sinal inconfundível da mediocridade; em contrapartida, o sinal de uma cabeça eminente é resumir muitos pensamentos em poucas palavras (...)".

"(...) A ignorância degrada os homens somente quando se encontra associada à riqueza. O pobre é rejeitado por sua pobreza e necessidade; no seu caso, os trabalhos substituem o saber e ocupam o pensamento. Em contrapartida, os ricos que são ignorantes vivem apenas em função de seus prazeres e se assemelham a gado, como se pode verificar diariamente (...)". (grifos nossos)

"(...) A palavra dos homens é o material mais duradouro. Se um poeta deu corpo à sua sensação passageira com as palavras mais apropriadas, aquela sensação viverá através de séculos nessas palavras e é despertada novamente em cada leitor receptivo (...)".

     Concluo, asseverando que, apesar de escrito há quase dois séculos, a mensagem do autor continua atual e ainda pulsa forte, principalmente para aqueles que apreciam uma boa leitura, ou que como eu, vez por outra gosta de "escrevinhar".

       Para um bom leitor, creio que no máximo três dias são suficientes para leitura da obra.  






quinta-feira, 30 de outubro de 2014

UM MÉDICO DAR A LUZ AO “CRIADOR” E DE QUE QUEBRA ENCHE O MUNDO DE POESIA


     JULIÃO JULU GUERRA NETO, grande ser humano, médico e líder político. Agora, para completar mais a lista de adjetivos, acrescento mais um que me torna ainda mais seu irmão.  É que o personagem também apresenta-se como um exímio escritor e poeta.

    Recentemente lançou mais uma obra de sua autoria contendo “um punhado” de poemas e poesias que, em dias tão estressantes como os atuais, só vem encher nossa alma de alegria e gozo. Digo mais uma obra, porque Julu lançou outro livro em 1996, em parceria com o seu irmão Ediel Guerra, sob o título “DUETO”.

        Com o título “O CRIADOR”, o trabalho mais recente de Julu Guerra, lançado pela Editora Olindense Livro Rápido, apresenta ao público um leque de belíssimas poesias distribuídas em 199 páginas recheadas de muita reflexão, sobre idas e vindas, amor e solidão, alegrias e angústias, dúvidas e fé, trégua e cansaço.

       Quem fez a apresentação da obra foi o poeta e escritor Inaldo Tenório de Moura Cavalcanti. Por sinal, uma bela apresentação. De tão bela, destaco dois trechos de suas palavras:

 “(...) Julião traz a força da perfeição, sem alarde, com naturalidade, e a graça da magia com alarde, terreno comum onde ele faz nascer o belo, a alegria, a sublime simplicidade de viver. “Viver de modo a que queiramos voltar a viver, e assim por toda a eternidade (...)”.

                        Adiante, prossegue:

(...) “A liberdade é um sorriso largo no rosto da poesia de Julião; e aí volto à ideia dos riachos da minha infância, que certamente o poeta de “O Criador” pode limpar seus pés e alimentar sua alma: mantendo esse mesmo vadio desperto, perturbando “o sono dos carrascos”, e correndo por entre o homem, sendo poeta, viajando por entre a alma humana, estrada comum, lendo-a com sensibilidade aguçada a lapidar “diamantes de utopia”. E, em meio ao caos, poder dizer: “Nós, os que brincarmos de sobreviver inteiros ao espanto de estar vivos (...)”. 

       Já a orelha do livro foi de responsabilidade de Paulo Salles Cavalcanti, escritor, poeta e sócio da UBE-PE, que em suas palavras enalteceu a nitidez e a sensibilidade poética do autor da obra, ao mesmo tempo em que destacou a sua leveza e liberdade na criação poética: “Nada lhe aprisiona: regras, correntes literárias, conceitos ou preconceitos.

“Fica claro o seu propósito de não querer salvar o mundo. Antes deseja salvar-se a si mesmo, vivendo e valorizando a arte de viver as coisas simples”.
    
       Difícil escolher as melhores poesias ou os melhores poemas. Cada leitor se identifica de forma diferenciada com as letras, porém, quero destacar cinco, e dessas, transcrever uma, registrando que os leitores poderão fazer diferentes escolhas.

        Como não poderia deixar de ser a que leva o título da obra “O Criador” merece destaque, eis que o humano se confunde com o celestial e a beleza do viver deixa de ser efêmera para se tornar eterna. A capacidade para reinventar uma história, quiçá “o mundo” está inata em cada ser humano.

         Outros que faço destaque são: “Silencio de ouro”, seguido de “Lembrança” que o autor dedicou a sua mãe, que por final foi professora deste escriba. A quarta que indico para o leitor é “O caminho de cada um”, tão crua e real como a espada do lutador, ao mesmo tempo tão libertária e doce como o vôo de uma pomba. A quinta que indico, e é ela que quero transcrever é “Nostalgia”.
                                                            Ei-la:

                                                    NOSTALGIA

                                               Nós éramos jovens,
                                               confiantes e cheios de sonhos
                                               e tudo parecia tão fácil:
                                               bastava levantar barricadas
                                               gritar palavras de ordem
                                               e erguer os punhos revoltados.

                                               Sei que ninguém recupera
                                               a inocência perdida
                                               mas na alma do poeta
                                               o sonho nunca se acaba.

                                               Hoje olho para trás
                                               e com terna melancolia
                                               também sinto saudades
                                               do tempo em que nós íamos
                                               salvar o mundo.


       Poderia indicar também “O grande cansaço”, “Aquieta-te”, Os injustiçados” e outras tantas mas deixo que o leitor faça suas próprias escolhas.

     Parabenizo o criador de “O CRIADOR”, o nobre Julião Julu Guerra Neto, e desejo êxito em todos os seus projetos de vida, almejando que novas obras poéticas brotem de suas veias e que o público, apreciador da seara poética possa beber de sua fonte inesgotável de sapiência.
   
       Aproveitando a oportunidade, agradeço de coração a amiga e colega de trabalho Nery Lourenço da Silva, arcoverdense que dignifica o Poder Judiciário de Buíque e com muita eficiência exerce o cargo de chefe da Secretaria Judiciária local. Foi ela quem mais uma vez me presenteou com um belo livro, desta fez foi a obra aqui comentada. Obrigado Nery. Grande abraço a você e aos irmãos de Arcoverde.