domingo, 31 de agosto de 2014

MAIS UM PERFUME NO JARDIM DA POESIA BUIQUENSE



            Pois é. Nossa cidade mais uma vez é agraciada com uma nova obra poética. Desta vez quem está de parabéns pelo novo “filho” é a escritora Irivanise Albuquerque. Ela acaba expor ao público seu mais recente livro “ESSÊNCIA”, no qual o leitor se deliciará com um leque de poemas e poesias repletos de sensibilidade, capaz de enebriar por muito tempo o ávido leitor que aprecia a arte poética.

        A obra tem o prefácio de Péricles Ramos, com bacharelado e licenciatura em Filosofia pela UERJ, membro da ABRATEF - Associação Brasileira de Terapia Familiar. Já a responsabilidade pela produção gráfica ficou por conta da já reconhecida Editora Bagaço.

       A escritora contou com a assessoria dos filhos, Pedro Ivo Albuquerque Araújo e Silva que responsabilizou-se pelo projeto da capa e a digitalização e revisão ficou sob a responsabilidade de sua filha, a jovem e bela Vitória Luísa.

         Faço um destaque para o poema intitulado “VI”, no qual a autora faz uma leitura de sua visão de pessoas, do mundo e da vida, e conclui dizendo que, mesmo já tendo visto tanto, ainda falta muito a ser visto...

         Outro destaque fica por conta da poesia “Hoje”, no qual a autora mescla o presente com o passado, o último com o primeiro e o ontem com o amanhã, toda essa mistura de palavras buscando expressar um sentimento verdadeiro, real ...

        Em cada página, o leitor se deliciará com textos que são mais do que uma poesia, na verdade são um canto pela vida, “fotografada” e escrita pelos olhos de uma jovem e promissora poetisa, rica em sensibilidade que com certeza ainda trará muita produção poética e literária para os leitores.

        Parabéns Irivanise. Que venham outras obras e que nem mesmo as águas dos “sete mares” possam apagar as “essências” poéticas que correm em suas veias, para que os “caminhos” do “tempo” sejam repletos de “Violetas”. 


         Quem desejar adquirir o livro procurar na loja AQUARELA,  localizada na praça Major França, Centro, Buíque/PE.       

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

CONSERVANDO O EQUILÍBRIO EM MEIO AS TORMENTAS DA VIDA



         O Brasil inteiro ficou chocado com a morte trágica que vitimou o ex governador e presidenciável Eduardo Campos, que munido de um grande ideal pela nossa nação, teve sua vida precocemente ceifada na manhã da quarta feira, dia 13 de agosto vigente, em Santos – São Paulo.

         Entretanto, esta mensagem não é sobre o legado político que esse grande líder, herdeiro da bandeira política do seu avô Miguel Arraes, deixou. Revistas, jornais e programas já fizeram isso e com muita qualidade. O legado que quero destacar aqui é outro: A família. Eduardo deixou um grande exemplo de ser humano, além do grande político que foi. 

         Enquanto a sociedade assiste, inerte, a destruição das famílias, principalmente quando o personagem alcança uma posição de destaque no meio social, quer seja no campo artístico, social ou político, Eduardo deixou plantado na memória de todos, uma linda mensagem que não foi escrita, porém vivenciada: Não vamos desistir da família”. A esposa “Dona Renata Campos” e seus cinco filhos com certeza sofreram tão grande perca. No entanto, o amor, o carinho, o exemplo e o companheirismo do líder familiar os trouxe conforto até na hora da dor.

       Foram muitas as homenagens, praticamente de todos os segmentos da sociedade. Programas e partidos políticos lembraram sua trajetória. Até canais religiosos de todos os segmentos mencionaram os bons exemplos do ser humano que foi Eduardo Campos.   
       No entanto, o destaque que faço é para aquela que, mesmo em meio ao terremoto emocional capaz de abalar qualquer ser humano, demonstrou um equilíbrio praticamente sobrenatural. Na vida e na morte dignificou o papel de esposa, mãe e guerreira. Ela que foi uma das maiores interlocutoras de Eduardo, e que de alguma forma também governou o nosso Estado, já que os assuntos mais importantes na pauta do governo só eram implementados depois de ouvida sua opinião, deixou os brasileiros orgulhosos da grande mulher que é.

      Como cidadão brasileiro e principalmente nordestino, quero apresentar a D. Renata os meus sentimentos de pesar e ao mesmo tempo os meus parabéns pelo equilíbrio e pela demonstração de humildade e sensibilidade ao recusar cargos e posições de destaque, para, no momento, se preocupar com algo de muito mais valor: Seus cinco filhos. 
       Por fim, hipoteco a minha admiração e, como filho de Deus, a minha oração em favor da maior herança deixada pelo saudoso Eduardo. Sua família: Renata Campos, a fiel companheira, e os cinco filhos: Maria Eduarda, nascida em 1992, João Henrique, nascido em 1993, Pedro Henrique, nascido em 1995, José Henrique, nascido em 2005 e Miguel, o mais novo, que nasceu em 28 de janeiro de 2014. 

                                       A todos o meu abraço.

                                       Força D. Renata. O Senhor é contigo!             

domingo, 17 de agosto de 2014

NOVOS CORDÉIS ESTÃO CHEGANDO NO CAÇUÁ CULTURAL














Nos próximos 15 dias estarei colocando á disposição do público que gosta da poesia popular mais cinco Cordéis de minha autoria. São eles:


1-ALEMANHA CAMPEÃ NA COPA FIFA BRASIL, no qual narro a participação da seleção brasileira na copa 2014 e todos os jogos que participou até a fatal derrota para a seleção alemã por 7 x 1. Foram citados todos os detalhes dos jogos. O enredo é encerrado com a final disputada pelas seleções da Alemanha e Argentina, que levou a primeira ao tetracampeonato. Esse cordel foi inclusive transformado em vídeo, cujo áudio foi editado no Studio Arena, do amigo Ayron Liberado e em vídeo através do competente Jepherson Rocha, fiho do amigo Carlinhos. Creio que antes do folheto ser posto a venda, o vídeo que contou com a narração minha e de minha esposa, já estará lançado no You Tube. A ilustração da capa ficou por conta do amigo Paulinho Vilela. Quem desejar assistir o vídeo é só acessar o link: https://www.youtube.com/watch?v=XlyeOumKd6k 




2-ONTEM E HOJE EM NOSSO MUNDO – Cordel em tom lírico, dedicado ao saudoso amigo Cyl Gallindo. É uma análise da vida e do comportamento humano nos tempos pretéritos e nos dias atuais. Uma carta resposta em forma de poesia endereçada ao também poeta Gayão, intermediada pelo escritor e conterrâneo Gallindo. A pretensão inicial era só responder aos amigos, mas a medida que escrevia a resposta, transformou-se em mais cordel. A ilustração da capa também ficou por conta do amigo Paulinho Vilela.





3-O VALE DO CATIMBAU – Cordel narrando as belezas naturais do Vale do Catimbau, o segundo maior parque arqueológico localizado em nosso município. Com citação dos pontos mais visitados, como a Serra do Cachorro, o Alcobaça, a aldeia indígena Kapinawá, os cemitérios indígenas, os artesãos do lugar, etc. Uma ótima lembrança para os turistas que visitam o nosso município e porque não dizer para todos aqueles que cartão de amam a cultura poética. Com capa ilustrativa do artista buiquense Billy Kid.



4-AS MUDANÇAS DE HOJE EM DIA – Esse trabalho narra da forma humorística a influência do mundo pós moderno na vida humana. Destaque especial para o computador, a internet e o telefone celular, as redes sociais. etc. A capa foi idealizada pelo autor do cordel, mas o desenho ficou no encargo do amigo Paulinho Vilela.









5-A CAATINGA DECLAMADA – Um estudo geográfico e cultural sobre a Caatinga. Suas características, clima, plantas nativas, fauna e flora e ainda os estados que formam essa região. 
   Esse cordel foi publicado em vários sites de outros estados, inclusive no site oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco, na semana que o brasil dedicou à caatinga, realizando palestras e seminários. A capa foi confeccionada pelo amigo Billy Kid.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

MORTE DO PRESIDENCIÁVEL EDUARDO CAMPOS E CRÔNICA "O PÉ DE GALINHA E O PASSAGEIRO DO TEMPO"

      

      Na manhã de ontem o Brasil ficou chocado diante da notícia da morte do presidenciável Eduardo Campos. Creio que a reação da maioria dos brasileiros foi como a minha: "não acreditar no que estava ouvindo". Contudo, infelizmente a notícia logo foi confirmada pelos meios de comunicação, principalmente pela internet, o mais veloz de todos, quase em tempo real. 

    Diante de acontecimentos como esses é normal a gente refletir mais profundamente sobre o sentido da vida. Um líder político tão jovem, com chances reais de ver o seu plano político atual ser coroado de êxito e "num abrir e piscar de olhos" todo esse projeto desaparecer feito fumaça no vento. Outros poderão assumir seus ideais, porém a sua ausência vai deixar um vácuo que dificilmente será ocupado por outro líder tão carismático e popular como ele. Como o agora saudoso Ariano Suassuna, Eduardo era um nordestino que valorizava suas origens, valorizava a família, era habilidoso nas palavras e um grande articulador político. Sua morte provoca uma profunda mudança de rumo na política brasileira. 

      No dia anterior, havia escrito a crônica abaixo, e como ela fala sobre a vida, quero compartilhar com os leitores deste blog, ao mesmo tempo em que apresento meus sentimentos de pesar com todos os envolvidos no trágico acidente que ceifou a vida de sete pessoas, incluindo o ex-governador Eduardo Campos. Que Deus os tenha e console neste momento tão crucial !             

         O PÉ DE GALINHA E O PASSAGEIRO DO TEMPO
      Quando a gente menos espera, ele aparece bem nítido diante do espelho. Sua preferência, de início, é ali, no cantinho do olho, no pé da orelha e em pouco tempo vai tomando espaço, até quando a gente se dá conta, ao se olhar por trás de duas lentes e descobrimos que já não somos mais o mesmo garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones dos anos setenta.

     Até a rebeldia vai tomando seu lugar. Os cabelos, antes soltos e balançados ao vento vão perdendo a graça. O nosso espaço já não é mais o mesmo. Restam poucos amigos da infância. A grande maioria está distante.

     Os locais antes freqüentados, apesar de ainda existirem, não são mais os mesmos. O andar apressado vai se tornando desnecessário e até as lágrimas, antes derramadas sem qualquer motivo aparente, vão se tornando mais escassas, como se a estiagem nordestina atingisse também a nossa alma.

      É quando percebemos que as prioridades foram aos poucos, sendo substituídas e nessas reflexões, um pouco assustados, enxergamos como o tempo é veloz. Ele não obedece ordens humanas. Nem mesmo o apito do guarda de trânsito, que faz parar um veículo pesado a 100 km por hora, consegue estacioná-lo. Ele tem sua própria marcha e o auto-comando. Não espera nem por aquele que teima em caminhar lento.  Seja criança, jovem ou velho.

     Não cumpre ordens terrenas nem obedece autoridades humanas. No entanto, o que me admira é a sua democracia. Para ricos ou pobres, jovens ou velhos, brancos ou mulatos, o seu relógio tem a mesma marcha. Todos acompanham o ritmo dos mesmos ponteiros.

         E o espelho continua teimando em nos mostrar a marcha rítmica do tempo. As rugas do rosto, o cabelo clareando e a vista, mesmo cansada, não permitem esconder esse segredo por muito tempo.

       Qualquer dias desses percebemos que cada 24 horas vividas é uma grande aventura. Ajudar o caminheiro nas estradas da vida, ser seu amigo e aproveitar cada minuto é mais do que uma mensagem. Na verdade é uma ordem divina.

    Enquanto isso, o “pé de galinha” pode ser removido ou simplesmente adiado, através de cirurgias, tratamentos ou coisa semelhante, mas independente do que se vê por fora, não existe tratamento para o “pé de pavão” que reside na alma humana. Pode-se mudar a caixa externa, mas o motor que fica lá dentro não se subordina as habilidosas mãos humanas.  

         Não falo de vazio existencial nem de angústias que a todos pode alcançar por algum período da vida, mas daquilo que é natural em todo ser humano, ao perceber que cada fase da vida tem seu lugar, assim como nas estações do ano.

        Não podemos nos vestir no verão com as mesmas roupas do inverno. Cada qual no seu tempo...  

        Assim é o tempo. Ou a gente se alia a ele, acompanhando o seu ritmo, ou ficamos como passageiros à beira da estrada empoeirada aguardando a parada do trem na próxima estação...


domingo, 10 de agosto de 2014

MINHA HOMENAGEM AOS PAIS

           
Foto 1- Seu Dí no seu primeiro carro. Foto 2-Com os meus três filhos e 3-Seu Nadú, meu avô paterno.

          Hoje, quero abraçar todos os pais de minha cidade, e porque não dizer do Brasil e do mundo.

         Quero agradecer pelo pai que tive, mesmo na sua simplicidade, mas que soube traduzir em gestos, o que de melhor era possível durante sua vida, é claro, à sua maneira.

      Homem de poucos estudos, oriundo do sítio Barreiras, região do distrito Guanumby, ou São Domingos. Seu Édio Arcoverde, mais conhecido popularmente como “seu Di”, na verdade nunca foi um homem habilidoso com a agricultura. Quando casou e saiu da “ribeira” para esta cidade, inicialmente adquiriu um sítio localizado na chamada “Baixa Preta”, que depois foi vendido para o Sr. Bedeu e “seu Dí” veio morar na rua.

         Aqui na cidade morou inicialmente na atual Av. Jonas Camelo, onde hoje reside o amigo Jorge de Clóvis (em frente a casa de Toinho e Zefinha). Inclusive, foi naquela casa que eu nasci, nos idos de 1964. De lá meu pai  mudou-se para a casa situada na praça Cel. Félix de França, onde residiu a professora D. Marlene. Dessa rua tenho muitas recordações, porque da anterior, por ser muito criança, não guardo nenhuma.

         Me recordo claramente de alguns invernos rigorosos em nossa cidade. Meu pai e meu avô (Seu Nadú) sentados no sofá da sala (meio estragado, coberto com lençóis), e os dois conversando, ao mesmo tempo que ouviam um programa sertanejo ao cair da tarde, num rádio daqueles antigos. As canções eram modas de violas e vez por outra aquela dupla que fazia muito sucesso na década de 70 “Ludugero e Otrope”.

          Me recordo também quando a gente se mudou de daquela casa, que era alugada para nossa casa própria. Foi uma conquista. A casa nova agora era na Av. Dr. João Hieceno Alves Maciel, próximo ao campo de futebol e para quem era criança, o local era mais especial porque ficava próximo ao lugar onde eram armados os circos.

         Nessa época meu pai negociava com caprinos e vez por outra via um caminhão parar próximo de casa com vários carneiros e bodes na carroceria, sendo depois conduzidos para o quintal da nossa casa...

         Depois, meu pai conseguiu um emprego na prefeitura e passou a trabalhar no açougue público. Era uma festa danada quando ele chegava de tardezinha trazendo alguns pacotes de bolacha “matafome e cocadas”, sem contar com alguns quilos de carne, pendurados num fio de palha de coqueiro.

         O tempo passou correndo feito carro fórmula um e pai começou a trabalhar também como porteiro do cinema de Jurandir. Alguns anos depois começou a trabalhar também como motorista de transporte alternativo na linha Buíque-Arcoverde.

         Com o passar dos anos, meu pai comprou o cinema e tudo corria às mil maravilhas...

         Me admira hoje, depois que meu pai “viajou”, a paciência para criar sete filhos, as preocupações, que não demonstrava ter, mas que com certeza existiam. Minha mãe era mais preocupada com os estudos, enquanto meu pai ele era mais com as necessidades do lar. Comida, vestes, etc. Mas, era o jeito dele. Uma coisa que posso garantir a todos: Meu pai gostava de barriga cheia. 

         Outra coisa que me lembro era quando um de nós (os filhos) sentia dor de dente. Meu pai vinha com aquela mão grossa, colocava o dedão polegar em cima do buchecha e fazia uma oração ou reza e em poucos minutos a dor sumia. Era feito comprimido Doril.
     
         As vezes, meu pai, brincando com a gente cantarolava:

“Buchada, bucho, buchecha
  Buchecha, bucho buchada,
  Passa a faca na buchecha
  E deixa a danada pelada.”

                   Será que herdei dele o gosto pela poesia de cordel?

         Foi esse o pai que tive. Não teve muitos estudos. Dizia que só estudou até a segunda série primária. Quando aprendeu a ler e, de matemática, a quatro operações, abandonou a escola, e nunca mais retornou aos estudos. Coisa muito comum à época. Sua escola foi a vida e como ela tem muitas lições, creio que ele aprendeu muito.

       Agradeço, através desta mensagem (o que fiz muitas vezes pessoalmente), por tudo que ele fez por mim e pelos meus irmãos, e de quebra, mando um abraço para todos os pais. Esses grandes heróis, que mesmo em tempos difíceis mantém um casamento honrado, ou mesmo diante das lutas da vida, separados ou num segundo casamento, criam seus filhos, com amor e fazem todo o possível para ver sua prole honrada.

         Faço votos que DEUS abençoe todos os pais e todas as famílias. Ele que é nosso verdadeiro pai seja como “uma galinha que protege os seus pintinhos debaixo das asas”, e que nós os filhos, possamos reconhecer a difícil e linda tarefa criar, educar e amar os seus filhos, que são herança do Senhor.

Feliz dia dos pais!.  

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

UM SONHO DE SONHADOR

                 
       
fotos ilustrativas, extraídas da internet, com exceção das duas últimas que são dos arquivos pessoais do autor 

       
        Na madrugada de hoje tive um sonho, que como diria o “maluco beleza” Raul Seixas, poderia ser chamado de sonho de sonhador.

         “...estava nos jardins de uma bela mansão de Washington, sede do governo americano, conversando com alguns amigos, contemplando a beleza da paisagem e o movimento dos transeuntes e automóveis que trafegavam ali pertinho, quando, para minha surpresa, se aproximou de mim e sentou-se ali perto, nada mais nada menos que a maior autoridade daquele país. A pessoa que comanda a nação, como governante. E a autoridade veio caminhando, sentou-se num lindo gramado e ficou observando a alguns metros a nossa conversa.
 
         Fiquei preocupado se continuava conversando, vendo alguém tão importante por perto, mas, muito timidamente, num tom mais baixo prossegui o diálogo com os amigos, todos de Buíque, diga-se de passagem.

         A autoridade então veio para mais perto de nós e dirigiu a palavra a minha pessoa nos seguintes termos:

-E você sabe falar inglês?. Eu, que não sei falar sequer uma frase naquela língua, a não ser o popular “I love you”, balbuciei, meio envergonhado “I don’t know speak English. I am Braziliam”, tentando me esquivar para os meus amigos não ouvirem meu fraco vocabulário inglês.

       A autoridade, então, falando português, recomendou: “Você bem que poderia se aperfeiçoar, porque já sabe falar alguma coisa!.”. E ficou ali nos observando, para logo em seguida se despedir, depois se levantou, entrou no seu veículo oficial, sem motorista particular nem seguranças e em poucos minutos seu carrão se misturou entre milhares de outros que percorriam as belas e confortáveis ruas daquela capital, aos poucos desaparecendo com a distância, sem esquecer do aceno tradicional, “tchauzinho” com a mão esquerda.
     
         A surpresa do sonho ficou para o final, depois que a autoridade foi embora. Foi aí que percebi que não se tratava de Barack Obama, George W. Bush ou outro governante norte americano, mas de Dilma Rousseff, nossa “presidenta” brasileira. E ela foi muito cordial comigo e com os amigos. Até se permitiu registrar o momento com alguns cliques da câmara fotográfica, para recordação.

          Pena que quando acordei, percebi que a câmara estava descarregada e tudo não passou de um sonho, senão ainda ia procurar a presidenta para tirar novas fotos e provar ao povo brasileiro que eu estive com ela nos jardins da Casa Branca.
        
        Como não sou intérprete de sonhos, prognosticador ou coisa parecida, vou aguardar se alguém sabe explicar o significado desse sonho....

         A não se que Carlinhos de Zezinho Dentista, que estava entre os amigos naquele tarde vai decifrar o enigma do sonho de sonhador...

           Alguém mais se habilita?

domingo, 3 de agosto de 2014

MAIS UMA "TAÇA" PARA O CAMPEÃO

     

     Nesta tarde, tenho a alegria e a imensa satisfação de publicar mais uma conquista, de tantas já alcançadas e de outras que virão, do nosso querido e dileto amigo Professor Carlos Alberto.
    A  Nova vem de Porto Alegre/RS, e informa que o poeta professor foi mais uma vez o vencedor de um concurso literário - o prêmio Lila Ripoll de Poesia 2014, conquistando o primeiro lugar, com a poesia intitulada "In Foco". Diante  582 concorrentes nosso poeta sagrou-se vencedor e receberá o prêmio no próximo dia 12. 
     Parabéns ao amigo professor Carlos e que venham outras poesias. 
      Qualquer dias desses quero assistir "in loco" uma dessas premiações e vibrar, como se fosse eu o vencedor. Afinal, Carlos Alberto, além de grande poeta e escritor é um grande amigo e irmão.

Confiram a notícia completa          

PRÊMIO LILA RIPOLL DE POESIA 2014       
PORTO ALEGRE - RS

 Prezados e Prezadas Amantes da Poesia:

Temos a grata satisfação de anunciar os vencedores do Prêmio Lila Ripoll de Poesia 2014, foram 582 trabalhos avaliados durante 30 dias pela comissão julgadora. Agradecemos imensamente sua participação e continuem escrevendo seus versos... no próximo ano tem mais!
Convidamos a todos para assistirem o evento de premiação que ocorrerá no próximo dia 12 de agosto, às 19h, no Solar dos Câmara (Rua Duque de Caxias, 968), onde teremos um Sarau Poético para abrilhantar ainda mais o evento.

Atenciosamente,
Flávio Dalbosco de Oliveira
Coordenador de Prêmios
DRPAC/SCSRI
Assembleia Legislativa RS
  
Class.   
    Poesia                  
     Autor              
UF 
      Cidade       
     1º LUGAR
IN FOCO
CARLOS ALBERTO DE ASSIS CAVALCANTI
PE
ARCOVERDE
2º lugar
O Visitante
João Elias Antunes de Oliveira
DF
Taguatinga
3º lugar
Pai de Família (?)
Dora Oliveira
MG
Ipatinga
Menção Honr.
A Possibilidade da Avenida
André Telucazu Kondo
SP
Jundiaí
Menção Honr.
Atropelamento
Evanise Gonçalves Bossle 
RS
Tramandaí
Menção Honr.
Batendo em Retirada
Sandra Meyer Silvestre
SC
Criciúma
Menção Honr.
Déjà vu
Cláudio Luís Wolf
RS
Canoas
Menção Honr.
Meu Monstro
Júlia Nunes Azzi
RS
São Jerônimo
Menção Honr.
O Crack e o Menino
Alberto José de Araújo
RJ
Rio de Janeiro
Menção Honr.
Perguntas do Tempo
Cinara Ferreira Pavani
RS
Porto Alegre
Menção Honr.
Soneto do Operário
André Luís Soares
ES
Guarapari
Menção Honr.
Sócio
Adilson Roberto Gonçalves
SP
Campinas
Menção Honr.
Vertente
Paulo Sérgio Barros
RS
Porto Alegre


Eis a poesia

IN FOCO
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti

Um jornal cobre o corpo inerte
estirado na calçada de uma rua;
curiosos formam um círculo
em volta daquele corpo
embrulhado em notícias também mortas;
o jornal é de ontem e o morto não tem amanhã;
ambos jazem hoje,
sob o efeito de furos distintos:
um, jornalístico; outro, balístico.
No dia seguinte, o extinto
vira notícia na página policial
até que outros furos
sejam dados no jornal
por cobertura.