terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MENSAGEM NATALINA DO POETA PROFESSOR CARLOS ALBERTO CAVALCANTI


           Nesta manhã recebi uma linda mensagem natalina do grande amigo, poeta e professor CARLOS ALBERTO CAVALCANTI, professor da AESA-CESA. De tão linda, resolvi não ficar só pra mim. Espalhar para os meus amigos também. 

           A mensagem veio em forma de soneto e tem por título "QUE BRILHE A LUZ DE CRISTO".

              Agradecido ao querido professor, aproveito também para desejar a ele a todos leitores deste blog, um natal cheio de paz, saúde e esperança e um ano novo repleto de alegria e realizações, na companhia do nosso pai celestial.

Eis a mensagem do professor Carlos:

                                                    
                                              QUE BRILHE A LUZ DE CRISTO 
                                                   Carlos Alberto Cavalcanti


                                       Se não fora as lamparinas
                                       de orgulho que ofusca a tantos,    
                                       mais das luzes natalinas  
                                       iam brilhar noutros recantos.

                                       Mais sorrisos, menos prantos;
                                       mais verdades que mentiras;
                                       mais esperanças pra quantos
                                       passam fome e vestem tiras. 

                                       Um natal assim se espera:
                                       seja o amor a lei que impera
                                       e todos pratiquem o bem,

                                       Pra que a paz ao ódio vença,
                                       e se faça jus à crença
                                       na criança de Belém.

Professor Carlos Alberto - autor da mensagem



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

FOI SEM QUERER QUERENDO QUE ROBERTO BOLAÑOS PREFERIU MORRER DO QUE PERDER A VIDA

           
Tendo em vista que este blog passou vários dias fora do ar, por problemas técnicos e considerando que a mensagem abaixo foi escrita nesse período, resolvo postá-la nesta data, mesmo o fato nela narrado tendo ocorrido há vários dias.

        Foi numa manhã de sábado, dia 28 de novembro, pelas 14:30 horas, na cidade de Cancún, (México) que o menino moleque Chaves foi convidado a mudar de residência, depois de 85 anos fazendo o povo ri com suas brincadeiras malucas e engraçadas. A partir de agora os milhares de fãs do artista - desde pessoas de idade avançada até o pequeno bebê, sentirão saudades do moleque mais querido da televisão. Justamente ele que costumava dizer: “Prefiro morrer do que perder a vida”. Realmente, o corpo se foi mas em vida continuará sua rica história que semeou alegria para milhares de crianças e até para muitos adultos que ainda conservam um pouco da criança que ainda vive dentro de cada um de nós.        

          Com suas frases infantis, como a famosa “ninguém tem paciência comigo”, o Chaves, ou melhor, o Roberto Bolaños, “sem querer querendo”, fez sua “última viagem”. Afinal, já estava com 85 anos de idade e com o peso da idade, não podia mais correr com os amigos de brincadeira Kiko, Chiquinha, D. Florinda, seu barriga e tantos outros. Alguns desses também já partiram e outros estão cansados de tantas brincadeiras e aventuras nos palcos da vida real. 

         Isso, isso, isso. O Roberto Gómez Bolaños se foi, mas o Chaves e o Chapolim continuarão por muitos e muitos anos animando seus fãs por todo este planeta. Aonde existir uma televisão o moleque ainda fará muitas gerações sorrir com suas traquinagens inocentes, sem precisar usar palavrões, nem apelação sexual. Tá bom mas não se irrite!

         Para milhares de meninos espalhados nos recantos dos países rico e pobres, onde existir um menino precisando de uma companhia para brincar e fazer travessuras, o Chaves e o Chapolim Colorado não morreram e nunca morrerão. Em cada brincadeira, em cada sorriso e em cada abraço infantil eles estarão presentes, trazendo alegria, semeando a esperança e o prazer de viver a vida com simplicidade. 

         O Chapolim Colorado, que dizia não poder comemorar o seu aniversário no mês de setembro porque nasceu em março e o Chaves que afirmava que "Ninguém tinha paciência com ele"  não foram sepultados com seu intérprete no cemitério Panteón Francés, na cidade do México. Ali ficou apenas o corpo de Roberto Bolaños, porque os dois moleques criados por ele ainda vão alegrar muita gente, e por muito tempo.
Viva o chaves!. Valeu Chapolim colorado!

Pi pi pi pi pi pi pi pi pi.



sábado, 13 de dezembro de 2014

O DIA QUE EU CHOREI COM SENADO BRASILEIRO

          
Foto 1 Senadores Paulo Paim e Eduardo Suplicy cumprimentando Pedro Simon. Foto 2: posse de Pedro Simon como 30º governador do Estado do Rio Grande do Sul, em março de 1987, no Palácio Piratini e foto 3.Despedida de Pedro Simon no Senado Federal.

      Foi Durante uma sessão especial, repleta de fortes emoções, que o senador PEDRO SIMON, do PMDB do Rio Grande do Sul se despediu daquele parlamento, depois de 32 anos de serviços prestados ao seu Estado e ao país. O dia 10 de dezembro de 2014 ficou marcado nos anais daquela casa legislativa.

             Em seu emocionado discurso de despedida, Simon, relembrou seus dias de infância e juventude, seus embates políticos, sempre em prol da liberdade e da democracia. Lembrou muitos amigos que percorreram os mesmos trilhos, alguns deles ainda na ativa e ali presentes, porém muitos já em outro plano, como o ex governador Miguel Arraes de Alencar, Mário covas, Darcy Ribeiro.  Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e tantos outros.

             Com muita emoção, o Senador frisou que “o tempo não espera por ninguém e corre velozmente”. Relembrou com riqueza de detalhes, “como se fosse agora” o seu discurso como orador na formatura da turma do curso de Direito, lido há mais de 60 anos e fez uma ponte entre aquele momento e que vivenciava agora. 

             Há 60 anos de vida pública, Pedro Simon foi governador do Rio Grande do Sul no período de março de 1987 a 01 de abril de 1990, Deputado Estadual, por 4 mandatos consecutivos pelo mesmo Estado, exerceu também o cargo de Ministro da agricultura e desde o dia 15 de março de 1979 exercia com muita dignidade o cargo de Senador da República, representando o Estado do Rio Grande do Sul. 

            Assim como o Pedro da Bíblia, o Simon, encerrou sua carreira. O da bíblia deixou um legado espiritual, o de Rio Grande do Sul, deixa um legado de exemplos de honradez, coragem, determinação e honra, sempre em busca da paz social e da liberdade do nosso país.

             Em sua fala de despedida Simon, disse: “As minhas palavras deixam agora o alento dos discursos para semear idéias com a juventude que clama por mudanças. Minhas sementes de ética na política do Brasil de hoje e de amanhã” – afirmou.

             Fez criticas ao governo atual e citou casos de corrupção como o mensalão e os escândalos da Petrobrás, no entanto comemorou a luta contra impunidade e a aprovação da Lei da Ficha Limpa, que considerou um grande passo rumo à moralidade na representação política.

             Com a voz as vezes embargada pela emoção, citou vários momentos importantes de sua vida, lembrou seus familiares, recitou poema de Manoel de Barros e resumindo sua vida pública, parafraseando Francisco de Assis, de que confessa ser devoto, recitou:

 “Onde vi repressão, lutei para levar liberdade;
Onde vi tirania, lutei para levar democracia;
Onde vi corrupção, lutei para levar ética.;
Onde vi impunidade, lutei para levar justiça”.

          Disse que vai aproveitar o tempo para conversar com os amigos, ler, ouvir música e se dedicar a família.

           Ao concluir seu discurso foi ovacionado de pé por vários minutos e em seguida passou a ser homenageado por apartes por 36 de seus colegas, que fizeram questão de registrar o momento.  Destaco alguns deles:

          A Senadora Ana Amélia (PS-RS) leu uma carta recebida por ela de um admirador de Simon, em cujo teor dizia que o ele era um homem reto e justo que deixará uma lacuna impreenchível.

            O Senador Paulo Pain (PT-RS), que presidiu a Sessão histórica disse que se orgulhava de participar daquele data histórica para ouvir o discurso de um conterrâneo.

           O Senador Eduardo Suplicy, que também se despede do Senado, teve que interromper sua fala várias vezes, diante de tanta emoção e destacou a amizade, o respeito e o equilíbrio que o Simon sempre manteve naquele ambiente, mesmo quando ocupava posições divergentes das dos seus colegas.

           Outros senadores também apartearam a memorável sessão, como Magno Malta (ES), Jarbas Vasconcelos (PE),Valdir Roupp (RO) Roberto Requião (PR) e tantos outros, todos exaltando o exemplo do político na luta pela redemocratização do país e considerado como inspiração e referencia de ética na política para a maioria dos colegas, que lamentaram a perda para o Senado.

           Depois de mais de três horas discursando e ouvindo apartes, o presidente da Sessão Paulo Pain (PT-RS), considerando a idade avançada do senador Simon, com a devida vênia, interrompeu o discurso e indagou se o homenageado queria usar de uma das cadeiras da mesa do Senado, ouvindo a resposta que mesmo cansado iria continuar de pé até o fim da Sessão e nesse momento foi mais uma vez aplaudido e continuou de pé até o último orador usar a palavra, inclusive agradecendo a cada um logo após receber cada saudação. A sessão especial durou mais de seis horas.

         Sem suas palavras finais, Simon proferiu também suas bem aventuranças:

“Bem-aventurados todos aqueles que, abnegados, gritam e lutam contra a corrupção e contra a impunidade;
“Bem-aventurados os que, apostolados, empunham a bandeira da ética na política;
“Bem-aventurados sejam todos os que, por meio de assinatura e pressão sobre o Congresso Nacional, alcançarem o índice da pontuação da Ficha Limpa”.

           A sessão ocorreu na manhã e tarde do dia 10 de dezembro vigente e como não tive tempo para assisti-la completa pela TV SENADO e tendo em vista que a mesma foi repetida a noite, fiz questão de assisti-la por inteiro até às 02h40m da madrugada, sem dar um cochilo sequer.

           E como disse no título desta matéria, não me envergonho de dizer que em alguns momentos me emocionei e chorei, como tantos outros parlamentares ali presentes, concluindo que, apesar de tantos políticos que não merecem um voto do seu povo, ainda existe homens sérios e comprometidos com a sua missão de honrar seu povo e sua pátria.

           Foi nesse calor emocional daquela madrugada, quase três horas da manhã que fiz questão de acessar o email do senador e enviar uma mensagem “De neto para o avô”, parabenizando o “Pedro de RS” que em Brasília honrou a nação e o povo brasileiro.

 Valeu Simon.  



terça-feira, 9 de dezembro de 2014

DICA DE LEITURA: GUIA "POLITICAMENTE INCORRETO DA FILOSOFIA", de LUIZ FELIPE PONDÉ


      Concluí, na tarde de ontem a releitura do livro “GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA FILOSOFIA” (Ensaio de Ironia), autoria do filósofo Luiz Felipe Pondé.

        O livro foi lançado pela editora LEYA, em 2012 e contém 230 páginas, distribuídas em 27 partes (capítulos) incluindo nesse rol a introdução, apêndice e índice. 

        Seu autor é filósofo, doutor em filosofia moderna pela USP/Universidade de Paris e pós- doutor pela Universidade de Tel Aviv, Israel. Professor da PUC-SP e da FAAP. É colunista da Folha de São Paulo e autor dos livros “Do Pensamento no deserto”, “Conhecimento na Desgraça”, “O Homem Insuficiente”, (todos da Edusp), Crítica e Profecia (Editora 34) e do best Seller “Contra um mundo melhor”, publicado pela Leya em 2010.

        A obra contém, como o próprio título sugere, uma série de críticas ácidas contra a hipocrisia do politicamente correto. As vezes, de tão ácida,  a crítica chega a ser desagradável. Não sem pretensão, eis que o próprio autor sugere logo na introdução:

 “Este livro não é um livro de historia da filosofia, mas sim um ensaio de filosofia do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filosófica que dialoga com a filosofia e sua história, movido por uma intenção específica: ser desagradável para um tipo específico de pessoa (que espero, seja você  ou alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que espero seja o seu, ou de um amigo inteligentinho  que você tem)...” (grifo nosso).

        Apesar do tema filosofia, o livro tem uma leitura de fácil compreensão. Mesclando pensamentos dos principais filósofos como Aristóteles, Maquiavel, Platão, Darwin, Platão, e outros, o autor, que confessa ser um pecador irônico, procura desconstruir todo o arcabouço do pensamento “politicamente correto”, por ele considerado uma mentira moral e universal.

        Em alguns pontos da obra, o autor critica o fato de que pessoas que conquistaram espaço por mérito, estão perdendo esse mesmo espaço para muitos desajujstados, despreparados e incompetentes que estão aos poucos ingressando em vários quadros sociais, às custas do primeiro grupo. “Muitos vivem às custas de poucos”.  

         Depois de concluir a leitura, reli a obra inteirinha, sublinhando vários textos, como de costume, e resolvi postar essa dica de leitura, destacando alguns pontos e frases que julguei interessantes, só para provocar no leitor o desejo de também conhecer a obra e tirar suas próprias conclusões, asseverando que vale a pena adquirir e “digerir” essa obra.

 ALGUNS DESTAQUES QUE FAÇO:

“O futuro do mundo é ser brega”

“(...) Uma das coisas que os politicamente corretos mais temem é a ética aristocrática da coragem levada para a vida cotidiana, porque ela desvela o que há de mais terrível no ser humano, a saber, que ele é o animal mais assustado e amedrontado do mundo (...)

Comentando sobre a noção de aristocracia:

(...) Uns poucos são melhores do que a maioria dos homens. A sensibilidade democrática odeia esta verdade: os homens não são iguais, e os poucos melhores sempre carregaram a humanidade nas costas (...).

“A função da educação é exatamente identificar nos alunos suas diferenças e colocá-las a serviço da sociedade. Os melhores liderem, os médios e medíocres seguem. Qualquer professor sabe disso numa sala de aula. Uma das maiores besteiras em educação é dizer que todos os alunos são iguais em capacidade de produzir e receber conhecimento”.

“o povo é sempre opressor. Quando aparece politicamente é para quebrar coisas. O povo adere fácil e descaradamente (como aderiu nos séculos 19 e 20) a toda forma de totalitarismo. Se der comida, casa e hospital, o povo faz qualquer coisa que você pedir”.

“Talvez a pior coisa da democracia seja o fato de que ela deu aos idiotas a consciência de seu poder numérico, como dizia o sábio Nelson Rodrigues”.

“Quanto mais um homem ama (investe afetivamente em) uma mulher, mais ele fica inseguro e ciumento. Se seu namorado estimula você viajar sozinha, ele provavelmente a está rifando. (...) Por isso mesmo uma fêmea até hoje não suporta machos fracos, medrosos e “pobres”.

“A maioria esmagadora dos homens baba pela beleza feminina.”
A maior inimiga da beleza da mulher é a outra mulher, a feia (...) As feias, que são num certo sentido  maioria e a regra, só aceitam uma mulher bonita quando esta já não é  mais tão bonita”

“Nada é mais temido por um covarde do que a liberdade de pensamento”.

O mundo acabou, fique em casa. Ver filmes em casa ficou mais chique do que ir para o exterior. Hordas de turistas, com sua alegria de classe média, destroem os países, invadindo catedrais com suas máquinas de filmar e suas fotografias digitais, tiradas enquanto comem comida (com gosto de plástico) de avião (...).
  
 “Como todo homem sabe, a mulher nunca está satisfeita, E se você se preocupa em deixá-la satisfeita, você vive uma batalha sem fim, que ela mesma não reconhece como existente”.

“Independentemente do fato de que ditaduras são horríveis, a brasileira não liquidou a esquerda como se fala por aí. E mesmo os tais guerrilheiros lutavam por uma outra forma de ditadura. Tivesse a guerrilha de esquerda vencido a batalha nós acordaríamos numa grande Cuba. A ditadura de certa forma nos salvou do pior”.

“Nada pior do que essas pessoas que não sabem nada, mas não sabem que não sabem nada, e levam suas vidas banais (...)”

“(...) o mundo funciona na lógica das trocas de interesses e de possibilidade de interesses, e a natureza humana está mais para o Príncipe do Maquiavel do que para o Pequeno Príncipe (de Antoine Saint Exupéry)”.