Ontem, sexta feira, viajei à Recife,
mais precisamente ao Tribunal de Justiça, para resolver uns problemas de nível profissional e para acompanhar minha
esposa que foi fazer uma consulta médica naquela metrópole. Um fato que me chamou
bastante a atenção foi o desinteresse do povo diante da copa mundial, cuja
abertura ocorrida esta semana, com pouquíssimos comentários entre a população.
Percorrendo alguns bairros do Recife, inclusive Boa Viagem, Praça do Derby e
praça da República, onde estão localizados os três poderes (o Tribunal de Justiça,
o Palácio do Governo e a Assembleia Legislativa) procurei algum sinal que
lembrasse a copa mundial, ao menos uma bandeira pendurada em algum prédio ou uma
simples bandeirinha nos milhares de veículos que percorriam as ruas da cidade.
Não vi uma sequer. Nem mesmo ao fretar um taxi para um percurso até a praça do
Derby, o motorista sequer tratou do assunto copa. Provocado por mim, a resposta
obtida foi: Eu já me envolvi mais, entretanto, hoje tenho mais coisas para me preocupar, como por
exemplo a segurança e a saúde, que estão um caos em nosso país, enquanto os jogadores
ganham milhões. Nos anos 70 o que se via era futebol, hoje em dia é jogador tatuado dos pés à cabeça (parecendo camaleão), a chuteira direita de uma cor, a esquerda de outra, propaganda na bunda, nos quadris, na cabeça e futebol que é bom, zero"...
Ao
ser atendido no IRH do Estado, percebi também que na grande fila de espera,
ninguém comentava sobre copa. A tardezinha, ao retornar para minha cidade foi
que vi um solitário veículo, dentre os milhares que ali trafegavam, trazendo
ao lado do motorista uma pequena bandeira do Brasil e já no retorno pra casa vi um
caminhoneiro também colocando ao lado do retrovisor mais uma bandeirola, não se sabe
se o ato tinha relação de fato com a
copa ou com algum movimento político.
O
que fica confirmado é que de fato, este ano, o brasileiro não está muito interessado,
como antigamente, nos jogos da copa mundial. Também não é para menos: Fifa envolvida em escândalos, CBF do mesmo
jeito. Na Fórmula 1, o mundo inteiro tem conhecimento dos “arrumadinhos” para
que determinado piloto saia vencedor, em detrimento daquele que de fato seria o
campeão. Como continuar acreditando, e o pior, torcendo feito um louco por um
clube, quando de fato tudo pode ser um jogo
de cartas marcadas?