REUNIÃO É INICIADA COM O TEMA CULTURA

        

 

 

       Na terça feira, dia 14 de maio, mais uma vez participei da reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável de Buíque, coordenado pela professora Yolanda Barros Andrade. O evento aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores e teve início com minha participação, falando sobre a importância da cultura na vida da sociedade. O tempo disponível para minha fala foi de uma hora. Iniciei falando sobre o que é cultura de um modo geral. Depois trouxe o tema para a nossa cidade, que apesar de rica nos mais diversos segmentos, tais como poetas, bandas de pífanos, artistas plásticos, bordadeiras, cantadores, essa classe sempre foi esquecida pelos poderes constituídos.

        Lembrei do que certa feita me narrou o saudoso escritor Cyl Gallindo, que também era buiquense. Me disse Gallindo que os componentes da banda de pífanos de Caruaru, conhecida até no exterior, eram todos buiquenses, porém, como não receberam o apoio em sua terra natal foram morar em Caruaru/PE. Lá encontraram o apoio que aqui faltou, ganharam nome, sucesso e reconhecimento até fora do país.  

          Falei sobre o papel da secretaria ou diretoria municipal de cultura, que no governo atual até então, tem deixado muito a desejar, apesar das pessoas que ocupam ditos cargos terem vontade de trabalhar, contudo, talvez esteja faltando apoio financeiro nesse assunto, o que não é novidade nos governos de nossa cidade - não é exclusividade do atual. Citei no momento um dos eventos que tinha tudo para fazer parte do calendário cultural do nosso município, que foi o caso da SECUARTE (Semana da cultura e Arte) vivenciada durante o governo de Dr. Dílson Santos, quando todos os segmentos culturais de Buíque e região tinham oportunidade de mostrar os seus trabalhos durante sete noites na praça central desta cidade. Entretanto, os governos que o sucederam resolveram sepultar essa festa, e o pior, sem direito a ressurreição. Coisa de politicagem interiorana mesmo. 

           Anda descrevi a minha experiência como poeta de cordel, que tenho levado o nome de Buíque para várias regiões, como foi o caso mais recente, quando participei de mais uma jornada literária realizada pelo SESC de Pernambuco na chapada do Araripe (Bodocó, Exu, Ouricuri e adjascências), declamando poesias e realizando palestras em escolas da rede municipal e Estadual de Ensino. 

         Falei sobre o grupo de Teatro que existiu nesta cidade nos idos de 1950 que conquistou público das cidades circunvizinhas e que possuía sua sede, no prédio onde hoje funciona a Câmara de Vereadores. Falei sobre as grandes festas que ocorriam no município, principalmente nos finais de ano e juninas, que atualmente estão totalmente esquecidas, se resumindo a uma banda ou uma dupla sertaneja numa única noite e nada mais que isso. Lembrei por fim das festas do comércio dos anos 70 e 80 que precisam retornar com novo formato.

      Ao final, presenteei o público com declamação de duas poesias, uma de minha autoria, com o título “A seca na minha terra” e a outra, de autoria de Chico Pedrosa “História de Caçador”.

         Por fim, agradeci a atenção de todos os presentes e devolvi a palavra à professora Yolanda Barros, que assumiu o comando da reunião com a pauta do dia, inclusive realizando a prestação de contas do Conselho, perante todos os seus membros .

   Está aí, um Conselho que mostra o que faz pelo desenvolvimento da comunidade.

   Parabéns a professora Yolanda Barros e a todos os integrantes do Conselho e contem com este escritor e poeta de cordel sempre que for necessário!.    

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A REABERTURA DO MUSEU MUNICIPAL DE BUÍQUE, GRAÇAS A LUTA DO SEU FUNDADOR ROBERVAL FERREIRA.  

O Museu municipal em três momentos: 1º) Na inauguração - gestão Blésman Modesto, 2º) no  governo Arquimedes Valença e 3º) atualmente, passando por reformas. Cada gestão uma  cor.

         

        Conversando recentemente com o amigo Roberval Ramos, que ocupa atualmente o cargo de Diretor de Cultura, o mesmo informou que brevemente estará reinaugurando e reabrindo as portas do museu municipal, que há anos se encontra fechado. O prédio está passando por um reforma interna e externa, inclusive de alguns móveis e objetos que fazem parte do acervo do museu. 

     Caso isso venha ocorrer, de logo já apresento meus parabéns ao amigo Roberval, que também é um lutador pela cultura buiquense e foi ele que, com muito esforço e garra instalou e inaugurou aquele museu na gestão do governo de Blésman Modesto, em 26 de maio de 1998. Naquele data era o dia de festa de amancipação municipal. Apresento também meus parabéns ao governo de Jonas Camelo Neto por essa obra, torcendo que sua conclusão ocorra o mais rápido possível. Vamos aguardar pra conferir. O museu realmente precisa reabrir suas portas, tanto ao povo de Buíque, quanto aos turistas que por aqui aportam e precisam conhecer um pouco da nossa história.