AS MUDANÇAS CAUSADAS PELO COVID-19
Por Paulo Tarciso Freire de Almeida
Ilustração da capa Paulinho Vilela
Lembro que eu já falei
Sobre
essa tal “doença”
Mas
aqui vou destacar
Como se
fosse sentença
Sobre
as mudanças ocorridas
Que
fazem parte da vida
Pois
peço a você, paciência.
Vou narrar neste cordel
Sobre
as mudanças causadas
Por
essa terrível praga
Coronavírus
chamada
Ou
covid 19
Então
me escute e anote
Agora é
“barra-pesada”.
Logo
agora no começo
Quero
lembrar a você
Abraço
e aperto de mão
Não
podem mais ocorrer
E com
os punhos fechados
Ou
mesmo o rosto inclinado
Cumprimentos que se vê.
Uma mudança chocante
É quando morre alguém
Seja preto, branco ou rico
Não se vela mais ninguém
Vai logo pro cemitério
Esse caso é muito sério
Deixa a família refém.
Outra mudanças lhe conto
Foram
as aulas online
Alunos
e professores
No
distrito ou na cidade
Usando
computadores
Criaram
novos labores
Usando
até celulares.
Os professores agora
Foram
se reinventar
Se
trabalhavam pesado
Serviço
veio aumentar
Lista
imensa de alunos
Perderam
até o sono
Para as
aulas programar.
Outra mudança das grandes
Ocorreu
no futebol
Jogos
com estádios vazios
No
estômago deu um nó
Sem a
torcida presente
O
jogador muito sente
É como
estivesse só.
Fazer
gol sem ter o grito
Vibração
dos torcedores
É igual comer um prato
Sem
“mistura” ou sem sabores
Fica
sem animação
Mesmo
sendo o campeão
É
novela, sem atores.
Filhos que estavam distantes
Voltaram
logo ao ninho
O pai e
a mãe pois agora
Não
mais estarão sozinhos
Agora
tem companhia
Pra
noite, pra tarde e pra o dia
Boas
conversas e carinho.
No poder judiciário
A
mudança foi imensa
Atendimento
online
Até
mesmo a audiência
Se o
réu estiver preso
Sendo
magro ou obeso
Não
precisa da presença.
A testemunha é ouvida
Mesmo
pelo celular
Estando
ela no sítio
Ou na
cidade a morar
Tendo a
conta de acesso
Depoimento
é bem certo
No
processo vai chegar.
Sentença e intimação
Audiência
e Alvará
É tudo
agora online
Enquanto
a crise reinar
Nada é
mais presencial
E
quando volta ao normal?
Só o
tempo é quem dirá.
No comércio fazer compras
Só com
máscara e álcool gel
Padaria
ou farmácia
Seja
João ou Isabel
Tem que
manter a distância
Deixar
de ignorância
Senão
vai pro "beleléu”.
E o transporte alternativo?
Também teve alteração
De
passageiros e mudanças
Usar máscara é obrigação
Álcool gel distribuído
Viajou é exigido - Só assim tem permissão.
Câmara de vereadores
Até o
S.T.F.
Reuniões
são online
Senão
os membros padecem
Não
pode facilitar
Vírus
está a se espalhar
E quem
pegar esmorece.
Seja lá no Tribunal
No
Senado ou na escola
Encontros
presenciais
Nem
mesmo pra dar esmolas
É tudo
pela “internet”
Me
disse assim Bernadete
“Ou
aceita ou vai embora”.
Os programas de TV
De
auditório e ao vivo
Com plateia
em grande número
Não
podem ser transmitidos
Só
gravados e assim mesmo
Longe
um do outro, assim vejo
Tudo
agora é de improviso.
Novas novelas não podem
Pelo
menos no momento
Ser
gravadas, é perigo
A saúde
recomenda
Por
isso que os canais
Repetem
as que foram mais
Sucesso
até pouco tempo.
Sim, eu ia esquecendo
Das
igrejas e liturgias
Na
católica por um tempo
As rezas
e a homilia
Só com
as portas fechadas
Só
online trabalhava
Era a
“lei” exigia.
Nas igrejas evangélicas
Ocorreu
também assim
Por um
tempo foi fechada
Digo
que foi muito ruim
Os
bancos todos vazios
Mas em
casa assistiam
Lives
do começo ao fim.
Os bares e restaurantes
Tiveram
que se adaptar
Diminuir
clientela
Um do
outro se afastar
Por um
tempo foi fechado
Mas
depois foi liberado
Com
regras para aplicar.
Shows de muitos cantores
Nunca
mais aconteceu
A não
ser algumas lives
Que num
período ocorreu
Mas foi
caindo da moda
E hoje
pousos adotam
Assim
observo eu.
Logo quando começou
Essa
tal de pandemia
Ruas
foram bloqueadas
E foi
aquela agonia
Barracas
foram montadas
Fiscalizar
quem entrava
De onde
vem e pra onde ia.
Mediam a temperatura
Uso de
máscara exigia
Álcool
gel nas duas mãos
Sem
isso ninguém saia
Mas era
uma exigência
Temos
sim obediência
Não era
por fantasia.
E nas agências bancárias
Era
exigido também
Manter
o distanciamento
Um
metro, de mil ou cem
Mas
muitos dos usuários
Faziam
tudo ao contrário
Não se
afastava ninguém.
E a ajuda do governo
Para o
pobre não morrer
De fome
ou necessidade
Veio
sim acontecer
Seiscentos
reais “doado”
A
muitos tem ajudado
O pão e
a carne comer.
Os governos foram vendo
A
chegada da eleição
Com o
vírus dando pausa
“Liberaram”
a multidão
Para as
ruas das cidades
Deram
grande liberdade
A
centenas ou milhão.
Foi chegando a política
Campanha
municipal
Comícios
não ocorreram
Mas um
fato foi real
Carreatas
e multidões
Fizeram
aglomerações
O vírus
voltou real.
Em vez dos grande comícios
Eram
lives que ocorriam
Candidatos
a prefeito
A vice
ou quem pretendia
Cargo
de vereador
Suas
lives apresentou
De
tarde, de noite, ou de dia.
Pouco depois da eleição
A
doença aumentou
Mortes
em todo lugar
Foi
mesmo um grande clamor
Só não
podem reclamar
Já
sabiam onde ia dar
Muita
gente avisou.
Foi chegando o fim do ano
E as
festas natalinas
Nas
ruas não houve show
Nem cantor, nem bailarinas
Uma
festa diferente
Com a família presente
Se é natal
sei que é divina.
E quem vivia de show
Seja
cantor ou empresário
Os
eventos deram pausa
Prejuízo
ao numerário
Tiveram
que se virar
Outro
ramo encontrar
Pra
sair do “calvário”.
Incrementos de palavras
Com
essa tal endemia
Estão
no vocabulário
Que
falamos hoje em dia
Algumas
eu vou dizer
Sendo
assim vamos aprender
Isso é
polissemia.
Uma das palavras novas
Em
nosso vocabulário
É e tal
de “lockdawn”
E o seu
significado
E mesmo
o fechamento
De ruas
por um momento
Por
governo autorizado.
Outros chamam “tranca rua”
Só pra
brincar, dar risada
Mas que
ficou conhecida
Ninguém
duvida de nada
Cloroquina
é outra nova
Com
medo de ir pra cova
Farmácias
foram lotadas.
Distanciamento social
Todos
sabem o que é
Mas
antes poucos falavam
Seja
homem ou mulher
Havendo
necessidade
No país
ou na cidade
Precisou,
botamos fé.
Usar máscara é ruim
Pra usar
óculos é pior
Embassa
tudo e atrapalha
Respiração
dá um nó
Mas pior
é não usar
Pegar o
vírus e parar
No
hospital e ficar só.
Parabéns a toda equipe
Que de
heróis vou chamar
Médicos e
enfermeiros
Noite e
dia a trabalhar
Seu
trabalho foi dobrado
Merece
assim ser honrado
Aqui e em
todo lugar.
Pois é meus caros amigos
A mensagem
que escrevi
Sobre o
coronavírus
E as
mudanças que vi
Peçamos
ao Pai Eterno
Decrete
no seu caderno
O fim
desse tal covid.
Buíque,
14 de janeiro de 2021
PAULO
TARCISO FREIRE DE ALMEIDA
Autor
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