No
ano de 1975 Roberto Carlos gravou uma canção intitulada o quintal do vizinho”,
cuja primeira estrofe diz: “Eu hoje acordei pensando no sonho que tive a noite,
sentei-me na cama para pensar no sonho que tive..."
Pois
bem, aconteceu comigo também, num contexto diferente da gravação acima
referida. Era mais ou menos 4:00 da madrugada, quando estava num sono profundo
e sonhei:
“Estava
no cartório do velho Xéu, que ficava no centro da cidade, ali ao lado da Igreja
Matriz de São Félix de Cantalice. Eu era, como antigamente, seu funcionário. No
sonho eu sabia que ele já havia falecido, mas era como se vivo fosse. Atendia
algumas pessoas no balcão e, como sempre, ele conversava bastante, sempre
brincalhão.
- Xeu, o homem mais rico do Buíque -alguém disse da calçada.
–Tomara que essa praga pegue!, foi sua costumeira resposta.
Quando o sol estava se despedindo do dia, ele pegou algumas coisas no seu velho
birô e recomendou: “Paulo Robson, (era assim que me chamava, brincando), eu já estou indo. Até amanhã. Ao saírem confiram se as portas
estão fechadas direito!. E saiu pela praça Major França, em direção aos carros
de lotação que o levaria para Arcoverde. Havia uma funcionária recém chegada no
cartório, mas, no sonho não a reconheci.
Quando o velho Xéu atravessou a rua, teve que passar por entre as barcas do velho parque dos irmãos Dêca e Leba, que estava armado na praça central, já que era período natalino e cidade estava em clima de festa.
Buíque, apesar de ser a mesma, parecia outra cidade. Totalmente limpa.
Os prédios principais do centro, continuavam, mas pareciam mais novos e conservados. Ao redor do centro, vários edifícios com três ou mais andares. Comércio gigante, e muita gente caminhando pelas ruas. O sol soltava seus últimos raios do dia, iluminando a parte nascente
da cidade – fazendo uma bonita paisagem na antiga praça São Sebastião, e nela
ainda existiam aquelas antigas e gigantes árvores, com suas folhas soltas pelo chão, como
que dando sinais que o inverno estava chegando. Andorinhas cantavam e voavam naquelas imediações. Nos bancos daquela praça, alguns
idosos conversando, talvez relembrando passagens de suas vidas, quando jovens.
De repente, no sonho fui transportado para o velho Cine Nevada, onde de
posse de um disco de vinil, fazia tocar nas difusoras espalhadas na cidade, a canção "Ansiedad", do Nat King Cole, anunciando o filme que seria exibido naquela noite.
Como num cinema, o filme (o sonho) continuava rodando. De repente me vi numa
faculdade gigante, fazendo um novo curso, ao lado de alguns colegas, muitos
deles que cursaram direito comigo na mesma instituição. Naquele dia seria a realização
de uma prova. O professor entrou na classe explicou como seria
a avaliação e começou a distribuir as provas com os alunos. Quando entregou a minha e comecei a preencher os dados, me acordei, assustado com um barulho. Foi minha esposa, ao meu lado,
que irritada com o ventilador, deu um espirro e me transportou do sonho para a
realidade".
Porque sonhei tudo isso eu não sei, só Freud explica. Mas outro filósofo popular e nordestino também tem sua versão: o Chicó, personagem do “Auto
da Compadecida” conclui: Só sei que foi assim".
Agora, quem quiser que conte outro!
P.S. Podem acreditar, não foi invenção minha. O sonho aconteceu na madrugada de 20.01.2020, segunda feira.
No Link abaixo, para matar a saudade, a música Ansiedad, de Nat King Cole, muito tocada na época do cinema:
Ansiedad - Nat King Cole.
No Link abaixo, para matar a saudade, a música Ansiedad, de Nat King Cole, muito tocada na época do cinema:
Ansiedad - Nat King Cole.
Para melhor visualizar o sonho, publico algumas fotos que lembram o que foi descrito.
Vista parcial aérea de Buíque, por/Francisco Carlos (Blog Buíque&cia) |
Xéu de Buíque - foto 1 por Paulo Barros e foto 2 por Villson Fotografias |
Quadro do artista Billy Kid |
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