Vez por outra recebo em minha residência a visita do Sr. FILADELFO PEREIRA
DO CARMO, antigo relojoeiro da cidade. Amigo
de longas datas, apesar da diferença de idade – eu tenho 49 e ele quase 80 anos. Durante muitos anos moramos praticamente vizinhos e a amizade perdura até
os dias de hoje. Esses encontros acontecem durante os sábados, pela manhã,
normalmente entre 10 às 12 horas. As vezes se estende por mais tempo. Os assuntos
travados são os mais diversos possíveis, família, política, religião, economia,
atualidades, etc. Um tema sempre presente é sem dúvida a religião.
A
conversa é muito proveitosa, inclusive por pertencermos a credos diferentes.
Seu Filadelfo é católico e eu evangélico da Igreja Batista Missionária. Ambos
com passagens por cargos de destaque nas respectivas igrejas (ele até pouco
tempo exerceu o cargo de diácono e eu por vários anos exerço função de secretário,
muitas vezes sendo responsável pela pregação nos cultos, quando o pastor está ausente).
A harmonia é a marca dos nossos encontros. Emprestamos um ao outro, livros,
revistas, discos e procuramos sempre manter essa amizade atualizada, tanto que
quando um passa mais de 50 dias sem ser visitado se dirige a casa do outro para
saber as novidades. Sempre é proveitoso ouvir seu Filadelfo, suas experiências
e seus conselhos, inclusive ele foi persoangem do meu livro "As Janelas do Sobrado", lançado em novembro de 2011. Recentemente ganhei dele um belo presente, a Bíblia de
Jerusalém.
No
encontro de hoje, seu Filadelfo me apresentou uma mensagem muito bonita, a qual
depois de lida resolvi publicar neste espaço, agradecendo desde logo pela
amizade e por mais uma visita do grande amigo. Como a folha impressa não trazia
o nome do autor, pesquisei na internet e descobri que a mesma é de autoria do
professor Luiz Martins e foi publicada no blog Hoje em Dia,
por Eduardo Costa. Por concordar com os seus termos e por entender que o seu
conteúdo precisa de visto e examinado por milhares de pessoas, resolvi
publicá-la abaixo, mesmo sem pedir licença ao autor.
Eis a mensagem na íntegra:
A CORAGEM DE IR CONTRA A
CORRENTE
“Para vencer nos dias de
hoje, muitas vezes é preciso ter a coragem de ir contra a corrente. Até o Papa
disse isso. É claro que não estou pregando a rebeldia inconsequente, a revolta
sem fundamentos. O que quero dizer é que é preciso não se deixar levar por
opiniões alheias difundidas com insistência pela mídia, amigos ou grupos sem
ter uma consciência crítica e pensar se realmente concordamos com essas
opiniões.
Ir contra a corrente é ser
honesto num mundo onde tudo parece cheirar desonestidade e corrupção. Ser ético
e verdadeiro. Ir contra a corrente é ser alguém que ajuda seus colegas de
trabalho, participa, se envolve e se compromete com o sucesso dos clientes, dos
fornecedores, enfim, da empresa em que trabalha.
É ser um empresário ou
chefe que respeita as pessoas e os trata como verdadeiros seres humanos, dá
exemplo de lealdade e justiça. Ir contra a corrente hoje é estudar com
seriedade, ler bons livros, ter disciplina para frequentar um bom curso para
aprender e não só para ter um diploma.
Ir contra a corrente é se
preparar antes do casamento e depois ter uma família bem estruturada onde pai,
mãe, filhos e parentes se reúnem, conversam, alimentam um amor desinteressado.
Ir contra a corrente é ser polido e educado; ser humilde e respeitoso;
emprestar e devolver; cumprir seus deveres.
Ir contra a corrente é ter
uma religião e participar dela buscando todos os dias corrigir seus defeitos,
fazer o bem aos outros, ajudar os mais pobres, ter fé, esperança e caridade e
lutar para aumentar essas virtudes em você mesmo, nas outras pessoas e no
mundo.
Hoje ir contra a corrente é ter a coragem de enfrentar a realidade da
vida, por mais dura e difícil que seja, sem se entregar ao uso de drogas que
tiram você da realidade concreta, comprometem o seu futuro e da sociedade.
Tenho a impressão clara de que no mundo de hoje é preciso ter muita coragem
para ir contra a corrente que nos quer levar onde não queremos ir e fazer o que
sabemos que é errado. Não se deixe levar pela corrente. Seja você o timoneiro
de sua vida. Tenha a coragem de ir contra a corrente e pensar e agir por você
mesmo”!
Abaixo da publicação no referido blog estão várias opiniões de leitores,
destaco uma delas:
“Ir contra a corrente seria
aceitar que vivemos uma CULTURA DE MORTE E VIOLENCIA, onde as TVS, desenhos
animados, piadas, seriados, filmes, e tudo mais só falam de violência,,,,
somente violência e sexo, violência e sexo. O que estão esperando dos futuros adultos quando
esta geração que nunca teve PAZ chegar a ser adulto? Como serão as crianças que
eles irão criar,,, para onde o Brasil caminha? Quem esta interessado nisso?”
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