Ainda garoto escutava as canções
de Reginaldo Rossi. Naquela época o sucesso mais conhecido dele eram “Mon
amour, meu bem ma femme”
e “Desterro” (1972). Contava este blogueiro com
apenas oito anos de idade. Essas músicas
eram muito executadas nas difusoras do Cine
Nevada que funcionava como a rádio de Buíque, já que era ouvida em toda a
cidade.
No estilo jovem guarda, imitando Roberto Carlos, Rossi já era sucesso nas
paradas, chegando a está presente em todas as rádios e até naqueles elepês –
discos da época, também chamados de bolachões, especialmente nas coleções
denominadas “AS 14 MAIS”, quando uma
gravadora lançava em um só disco as 14 músicas mais tocadas no país. E lá
estavam Renato e Seus Blue Caps, Roberto Carlos, Wanderléia, Erasmo Carlos, Os
Vips, e em meio a esses artistas o nosso pernambucano Reginaldo Rossi. Depois,
o artista passou a ficar mais conhecido com outras canções, como “a
raposa e as uvas”, “amor,
amor, amor” e a mais popular de
todas “Garçom”.
Além
do grande ídolo musical pernambucano, Rossi foi também
uma grande figura que fez parte da cultura pernambucana. Apaixonado por Recife, nunca escondia sua
paixão pelos clubes esportivos do Estado e algo que mais admirava nele era que
ele não negava as raízes, como fazem alguns artistas que quando se tornam
famosos pouco falam de sua cidade natal, e as vezes até tentam esconder de onde
vieram. Com, Reginaldo era diferente, Recife e Olinda sempre estavam presentes em suas apresentações.
Rei
do Brega foi o título que recebeu. Se brega é cantar o romantismo, o amor, a
paixão, como ele fez, existem muitos bregas no mundo, apesar de não receberem
esse título. Reginaldo assumiu a “breguice” com classe e foi reconhecido pelo
grande público.
Porem, como ele mesmo cantou certa vez: “...Essa história se passou quando deixei meu grande
amor naquela estação sorrindo...”, chegou a sua vez de fazer sua viagem,
deixando uma legião de fãs na estação chorando de saudade. “Olha que o trem nem avisou. Partiu levando no vagão”...
Ficam
as canções do grande brasileiro de Pernambuco, que apesar de formado em
engenharia e já havendo exercido a função de professor, cumpriu a sua
verdadeira missão terrena fazendo aquilo para o qual foi predestinado. Cantar e
trazer alegria para o seu povo.
O garçom não
ouvirá mais sua voz ao vivo, mas Cds e elepês ainda tocarão nas vitrolas e
cantores interpretarão suas canções por muito tempo.
Missão
cumprida. Valeu Reginaldo. Descanse em paz!.
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