domingo, 22 de dezembro de 2013

O ADEUS A REGINALDO ROSSI












     Ainda garoto escutava as canções de Reginaldo Rossi. Naquela época o sucesso mais conhecido dele eram “Mon amour, meu bem ma femme” e “Desterro” (1972). Contava este blogueiro com apenas oito anos de idade.  Essas músicas eram muito executadas nas difusoras do Cine Nevada que funcionava como a rádio de Buíque, já que era ouvida em toda a cidade. 

      No estilo jovem guarda, imitando Roberto Carlos, Rossi já era sucesso nas paradas, chegando a está presente em todas as rádios e até naqueles elepês – discos da época, também chamados de bolachões, especialmente nas coleções denominadas “AS 14 MAIS”, quando uma gravadora lançava em um só disco as 14 músicas mais tocadas no país. E lá estavam Renato e Seus Blue Caps, Roberto Carlos, Wanderléia, Erasmo Carlos, Os Vips, e em meio a esses artistas o nosso pernambucano Reginaldo Rossi. Depois, o artista passou a ficar mais conhecido com outras canções, como “a raposa e as uvas”, amor, amor, amor e a mais popular de todas “Garçom”

       Além do grande ídolo musical pernambucano, Rossi foi também uma grande figura que fez parte da cultura pernambucana. Apaixonado por Recife, nunca escondia sua paixão pelos clubes esportivos do Estado e algo que mais admirava nele era que ele não negava as raízes, como fazem alguns artistas que quando se tornam famosos pouco falam de sua cidade natal, e as vezes até tentam esconder de onde vieram. Com, Reginaldo era diferente, Recife e Olinda sempre estavam presentes em suas apresentações. 

   Rei do Brega foi o título que recebeu. Se brega é cantar o romantismo, o amor, a paixão, como ele fez, existem muitos bregas no mundo, apesar de não receberem esse título. Reginaldo assumiu a “breguice” com classe e foi reconhecido pelo grande público.

   Porem, como ele mesmo cantou certa vez: “...Essa história se passou quando deixei meu grande amor naquela estação sorrindo...”, chegou a sua vez de fazer sua viagem, deixando uma legião de fãs na estação chorando de saudade. Olha que o trem nem avisou. Partiu levando no vagão”... 

     Ficam as canções do grande brasileiro de Pernambuco, que apesar de formado em engenharia e já havendo exercido a função de professor, cumpriu a sua verdadeira missão terrena fazendo aquilo para o qual foi predestinado. Cantar e trazer alegria para o seu povo. 

O garçom não ouvirá mais sua voz ao vivo, mas Cds e elepês ainda tocarão nas vitrolas e cantores interpretarão suas canções por muito tempo. 
         Missão cumprida. Valeu Reginaldo. Descanse em paz!.

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