sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

UM RETORNO A ERA PRÉ HISTÓRICA DE UMA HUMANIDADE INSANDECIDA POR VIOLÊNCIA



   
Na noite de sábado 28.12.2013 em Las Vegas (EUA), madrugada de domingo no Brasil, no MGM Grand Garden Arena, o lutador de MMA brasileiro Anderson Silva teve sua perna esquerda quebrada quando aplicava um violento chute contra o seu adversário Chris Weidman. Segundo os noticiários o grito de dor do brasileiro foi ouvido mesmo no ruidoso ginásio de Las Vegas, que naquele momento contava com uma plateia de mais de 15 mil pessoas. A notícia correu o mundo, como dizia o velho amigo “João Galego”: “Quando a notícia é boa ela anda, mas quando é ruim ela avoa”.



            O que quero questionar neste momento não é somente o fato, porque ele já foi noticiado e comentado nos quatro cantos do planeta.  O que chamo atenção nesta matéria é para um tipo de violência que sob a proteção do Estado e o interesse financeiro que a fomenta consegue atrair milhares de pessoas, que, de olhos fitados durante horas se delicia vendo seu semelhante se transformando num verdadeiro animal, como se a humanidade retrocedesse aos tempos de Roma antiga, quando gladiadores se enfrentavam no Coliseu diante de uma platéia sequiosa por uma violência tão cega que quanto mais sangue fosse derramado, mais osso quebrado, os gritos de “goool” eram mais altivos.  


         Todos já devem ter ouvido notícias de que nesse e n’outros “esportes” similares pessoas já chegaram a ter pernas e braços quebrados, cabeças lascadas e até morte em pleno ring. 
 
            A violência é tão grande que 250 médicos canadenses já tentaram banir o MMA daquele país. Quando o lutador Michael Kirkham morreu, aos 30 anos de idade, vítima de hemorragia cerebral após uma luta, reacendeu a polêmica no Canadá, sobre esse tipo de esporte, que foi considerado como violento e perigoso demais para seus praticantes.  


            Victor Dirnfield, presidente da Associação Médica do Canadá, certa feita declarou: “O objetivo do MMA é ferir e incapacitar seu oponente. Não deveríamos tolerar este suposto esporte em uma sociedade civilizada”. 
 

            Há quem defenda essa prática, alegando que existe uma grande diferença entre os gladiadores de Roma e o lutadores de MMA de hoje, porque em relação aqueles, eram “empurrados”, forçados a lutar, enquanto os que hoje se enfrentam no octógono (palco das lutas da MMA) são atletas muito bem pagos, após rigorosos treinamentos atléticos e ali estão de forma espontânea e conscientes dos riscos a que estão submetidos. 



          O que admiro, entretanto, é que existem leis proibindo as RINHAS (brigas de galo), e estas visam defender os animais da violência que os humanos impõem sob apostas financeiras que são feitas. Existem também as leis que defendem a dignidade da pessoa humana, mas os holofotes e os milhões investidos nessa "LUTA" falam mais alto. 

       Enquanto isso, o MMA é o esporte que a cada dia conquista mais seguidores - e até defensores ferrenhos, o que me leva a conclusão de que a humanidade está retrocedendo, pois se um ser humano consegue se deliciar e até vibrar de alegria ao ver o um seu semelhante banhando o rosto com o seu próprio sangue não pode dizer que está no caminho do progresso humano, quanto mais espiritual.   


          Mesmo sem nunca ter assistindo uma luta de MMA, apenas vi algumas poucas cenas pela TV, deixo aqui minha modesta opinião, crente que muitos compartilham com ela e talvez a maioria discordem. 


        Entrementes, respeitando os contrários, esta é minha posição. 
              Tenho falado!.  



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