Vista interna do primeiro andar da residência deste blogueiro (para o nascente) |
Há muitos anos gostamos de realizar, semanalmente uma celebração que
denominamos “Culto Famíliar“. No sábado pela manhã, dia que estamos todos
disponíveis, nos reunimos na sala principal do primeiro andar, eu, minha esposa
e nossos três filhos e aqui, de maneira informal conversamos sobre a vida,
Deus, os estudos, a vida em geral. Lemos textos da Bíblia, cantamos algumas
canções cristãs, tanto evangélicas quanto católicas e ao final, fazemos uma
reflexão. A duração mínima do culto é de uma hora, mas as vezes o “clima “ está
tão gostoso que a gente ultrapassa.
Na
manhã de hoje, como de costume, a reflexão foi sobre a vida. Aproveitei as
paisagens naturais de nossa casa para ilustrar a mensagem. Olhando do primeiro
andar para o lado nascente (frente da minha casa), temos uma vista linda. Vemos
alguns telhados e ao longe muitas árvores e parte do antigo colégio da freiras,
onde estudei durante a minha infância. Olhando para baixo avistamos dezenas
de crianças que se reúnem para jogar, andar de bicicleta e as vezes fazer
aquele barulhão danado, próprio de crianças reunidas. Símbolo de vida, alegria,
movimento, esperança...
Já
na janela de trás desta mesma residência, vemos ao lado poente, um verdadeiro
contraste com a cena anterior. É que há poucos metros fica o cemitério público
municipal, com sua capela, tumbas, cruzes e seu silêncio insidioso. Símbolo de
morte, solidão e tristeza...
Foi
baseado nesses dois cenários que refleti junto com minha esposa e meus três
filhos sobre a realidade da vida. Em vários momentos ela pode ser comparada com
a janela da frente. São os momentos de alegria, de conquistas, vitórias, saúde
e satisfação. Entretanto, sabemos que no percurso da vida, as vezes
atravessamos momentos de dificuldades, angústias, derrotas, doenças e, nestes a
vida pode parecer com a visão da janela de trás, quando
aparentemente estamos sós, com nossas dores e angústias. No entanto, esses momentos
são passageiros e ao final sempre conseguimos nos mover para o cenário do
nascente com seu brilho e seu renascer diário.
Sabemos
que estamos aqui de passagem e temos que fazer o possível para sermos e
fazermos nossos semelhantes felizes.
Humildade, serenidade,
respeito, compreensão e amor são atitudes e armas que nos ajudarão nessa
caminhada. Em nosso andar precisamos da ajuda de Deus e da mão amiga dos nossos
semelhantes para atravessarmos a estrada. Em muitas oportunidades precisaremos
também estender a mão e o ombro para aqueles que precisam de nós, fazendo isso
não por obrigação, mas como reconhecimento de que diante de Deus somos todos
iguais e o nosso pai verdadeiro quer que seus filhos vivam em harmonia.
As
vezes essa harmonia tende a ser quebrada pelas divisões e entendimentos religiosos,
pelas agremiações políticas ou qualquer outro vendaval provocado pelo ser
humano, mas a depender do nosso equilíbrio a nossa intimidade com o Pai, essa
comunhão não virá a ser quebrada.
Em
momentos como esses é preciso voltar a ser criança de novo, lembrar daquele
tempo que a gente se ajoelhava no pé da cama, cruzava as mãozinhas e depois da
oração noturna, dizia: “A bênção papai do céu”, e dormia tranquilo e seguro na
companhia dos pais terrenos, dos irmãos, dos anjos e santos de Deus.
E
desta forma, após cantarmos várias canções cristãs e lermos a meditação da
manhã, oramos uns nos outros, pai com filhos e esposa, nos abraçamos, nos
beijamos e dizemos a Deus: MUITO OBRIGADO SENHOR POR MAIS UMA SEMANA....
Nenhum comentário:
Postar um comentário