quarta-feira, 1 de maio de 2019

VANDER LEE - UMA ESTRELA QUE NASCEU, BRILHOU E SE ENCANTOU.


     
     Dia desses estava organizando a minha biblioteca particular e deixei o computador ligado, ouvindo umas canções que intitulei de poemúsica, por serem canções com belíssimas melodias e lindas letras. Poesia pura. Enquanto limpava a estante e organizava os livros, as músicas iam mudando sem que eu as tivesse selecionado, de maneira que cada uma nova canção vinha de modo espontâneo.  

        De repente, começou tocar uma pérola que nunca havia escutado antes. Uma voz doce e uma melodia que parecia celestial. Curioso para saber quem era aquele cantor e quem escrevera aquele “hino à vida”, parei o que estava fazendo e me aproximei do monitor para ver de quem era aquela voz. O estilo e a voz lembravam um pouco Djavan, mas quando li na tela do computador, o letreiro anunciava que quem cantava era Vander Lee. A música também foi escrita por ele.

        Fiquei tão encantado com aquela voz e principalmente com a poesia que pesquisei e ouvi várias outras canções do mesmo artista. Todas encantadoras. Me perguntei: “Porque ainda não o conhecia?”, ao que eu mesmo respondi: “porque a grande mídia, manipuladora que é, não dar importância a esse tipo de arte. Músicas com reflexão e melodia. O estilo bate-estaca lhe interessa mais... 

       Me aprofundei na pesquisa e vi diversos vídeos, entrevistas e shows do artista. Depois de “embriagado” com sua arte desejei pesquisar seu endereço eletrônico para lhe enviar uma mensagem de elogio e agradecimento, por me proporcionar momentos tão belos com seu trabalho e que encanta todos. 

        Depois de alguns dias, para minha tristeza, descobri que aquele “anjo” faleceu em 05 de agosto de 2016, na UTI do Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, após um processo cirúrgico proveniente de um infarto ocorrido na tarde do dia anterior, enquanto fazia hidroginástica. Como dizem os mineiros: “encantou-se”, com apenas cinquenta anos de idade e uma carreira artística promissora, que durou apenas vinte anos.
        Para não deixar meu desejo sem prática, resolvi postar essa singela homenagem a esse artista, que por sinal é mais um mineiro que entra em meu coração e no rol de seres humanos iluminados pela música e pela poesia.  

“Obrigado Vander Lee, por sua contribuição poética e musical, tornando nossa vida mais encantadora. Sua arte perdurará por muitas gerações e você será sempre lembrado por nós !”.
        Para que tenham uma ideia de sua música e de sua poesia, destaco abaixo um pequeno trecho de uma de suas canções, intitulada “Onde Deus possa me ouvir”:

            “(...) Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
              Morar no interior do meu interior
              Pra entender porque se agridem
              Se empurram pro abismo
              Se debatem, se combatem sem saber



             Meu amor, deixa eu chorar até cansar
             Me leve pra qualquer lugar
             Aonde Deus possa me ouvir (...)”


       São também de sua autoria as canções: Iluminado, românticos, alma nua, esperando aviões, aquela estrela, dentre outras. Cada uma é um hino de amor e serve como canção de ninar para alegrar nossas vidas, nesse mundo tão conturbado em que vivemos.   

        Segue abaixo dois links com a canção: ‘Onde Deus possa me ouvir”, o primeiro, interpretado pelo próprio Lee, em apresentação especial no programa “Senhor Brasil” e o segundo Link, com a mesma canção, interpretada pelo padre cantor Fábio de Melo.  Para conhecer mais canções do artista é só consultar no youtube, onde constam vários shows e apresentações do mesmo. 



3 comentários:

  1. Parabéns pela bela homenagem...eu conheci uma de suas musicas a 20 dias um amigo mineiro me enviou e desde então me apaixonei por esse poeta, gentil , carinhos e simples .Pena que não tive a oporunidade de conhece -lo ou ir ao seus shows

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  2. Conheci o Vander Lee em 2006, tive a grande honra de ir a um show dele na minha cidade. Era e sempre será um grande poeta da nossa atualidade, homem de uma grande sensibilidade, com um olhar peculiar do nosso cotidiano. Não canso de ouvir suas músicas. Eternas saudades...

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