Com muito pesar recebi a notícia da partida de um grande vulto da história de Buíque. Nos documentos era registrado como Manoel Dantas Loiola, mas carinhosamente era mais Conhecido pelos amigos como "Seu Né". Para a história, porém, era mais conhecido como Candeeiro, componente do bando de Lampião na época de sua juventude.
Com 98 anos bem vividos e com mais de um milhão de amigos, seu Né "viajou antes do combinado" como gosta de dizer o poeta cantor Rolando Boldrin. Candeeiro fez sua última viagem na madrugada desta quarta feira, no Hospital Regional de Arcoverde, deixando os amigos e o município enlutado e com um vácuo na cultura local.
Como amigo da família quero agradecer o apoio dispensado quando da entrevista que publiquei em meu livro "AS JANELAS DO SOBRADO" e dizer da satisfação de ter essa grande figura fazendo parte daquela obra que foi lançada em outubro de 2011.
Tive também o privilégio de participar das festividades da primeira noite da poesia de Buíque, realizada em homenagem a esse grande homem e presenteei naquela ocasião o povo que também se fez presente e o homenageado, com a poesia "A flor do Maracujá", de autoria de Catulo da Paixão Cearense. Foi naquela noite memorável que foi registrada a foto publicada nessa matéria ao lado de Seu Né.
Desejo que o Espírito Santo ilumine a família e digo que quem conheceu seu Né não vai esquecê-lo jamais. Nossas crianças conhecerão sua história para que sua memória não seja jamais apagada. Se cada amigo contar para os filhos e netos um pouco de quem foi seu Né, o candeeiro jamais se apagará. É o que desejo.
Fotos: San Produções e Paulo César Cavalcanti.
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