terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A ACADEMIA DAS CIDADES E A VIDA HUMANA


     

       Vez por outra gosto de fazer caminhada na academia das cidades. Além de botar o sangue pra circular e queimar as calorias, tão presentes na vida de quem passa praticamente o dia inteiro sentado diante de um computador, nessas caminhadas encontramos amigos e sempre travamos boas conversas.
    Gosto de caminhar ouvindo música, vício dos tempos de criança. Não tenho nenhum outro vício, graças a Deus. Bebida, cigarro, jogo, etc, nada disso nunca me fascinou a ponto de me tornar viciado, nem mesmo algum tipo de comida. Agora a música me acompanha, creio, desde os tempos de bebê. Por isso quando vou fazer caminhada, nunca me esqueço do meu celular, no qual disponho de uma seleção de aproximadamente 400 músicas da melhor qualidade, segundo o meu gosto, evidentemente.
  
   Com relação às caminhadas na academia das cidades, o que muitas vezes me chama atenção é o número de “caminhantes”. Tem de todas as idades. As vezes cerca de 120 pessoas, outras vezes um pouco mais. Umas correm e conseguem dar 20 voltas ou até mais, outras caminham em ritmo acelerado, enquanto a maioria apenas caminha saboreando o ar gostoso da manhã ou da noite, observando as paisagens do local – um dos mais belos da cidade, já que fica nas proximidades do clube municipal, contando com um pequeno lago ao leste e uma bonita lagoa ao lado sul, além de muitas árvores centenárias e muitos, muitos pássaros.

      De repente, sem que se perceba, o número de “caminhantes” vai diminuindo.  Uns vão "saindo da pista" com uma hora, outros com 40 minutos, outros se despedem dos amigos porque chegaram mais cedo. Quando damos por conta, restam apenas 10 ou 15 pessoas circulando aquela “estrada” tão movimentada há pouco tempo. No dia seguinte, novamente está aquele lugar tomado de populares fazendo os mesmos percursos...

        Alguns que vieram ontem não estão hoje, outros que estão hoje, não vieram ontem, e assim é o dia a dia daquele lugar, que mais parece com a caminhada da vida do ser humano. Cada um com seus sonhos, seus desejos e até com suas ilusões, mas todos percorrendo numa mesma estrada.
  
        E, como falei em caminhada e música, lembrei agora o que diz uma linda canção de Almir Sater: “Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais.... ” 

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