sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

CHUVA, EU PEÇO QUE CAIA DEGAVAR




         Com esse título da música cantada pelo grupo musical Falamansa quero iniciar a mensagem de hoje. É que na noite de segunda feira, dia 03 de fevereiro corrente, nossa cidade, que está situada na região agreste do Estado teve uma visita de surpresa, devolvendo a esperança para muita gente, principalmente para aqueles que vivem do cultivo da terra.


           Durante cerca de uma hora e meia, entre trovões, relâmpagos e muita água, a chuva caiu forte em nossa cidade, e, como sempre acontece, muitas residências foram invadidas com essa visita surpresa, fazendo com que seus moradores passassem até altas horas da noite botando água pra fora e fazendo uma limpeza geral, não só nos pisos e paredes, mas também nos móveis e utensílios que guarnecem referidas moradias.


       No centro da cidade, a cena repetiu-se, como acontece todo ano: Casas se transformando em verdadeiros piscinões, lojas comercias e até prédios públicos tiveram suas portas arrancadas pela força da correnteza das águas, como foi o caso do Açougue Público Municipal, cujas portas pareciam papéis sendo balançados pela ventania e pela força das correntezas d’água.


          Na tradicional avenida Jonas Camelo, onde ficam os prédios do Fórum, Prefeitura, Maternidade Alcides Cursino, Casa de Saúde Senador Antonio Farias, diversos consultórios, além da Caixa Econômica Federal e dois postos de gasolina, por quase duas horas não se via o calçamento nem também as calçadas das residências. Carros trafegavam com muita dificuldade, ante o grande volume de água que descia com muita violência e em grande quantidade, escoando e se espalhando pela praça central da cidade, a Major França. Inspirado nessas cenas, escrevi o cordel intitulado “Novas chuvas em Buíque”, que publicarei amanhã neste site, no espaço “Balaio de Cordéis”.  



       Não pretendendo criticar nem elogiar qualquer governante, mas, considerando que desde criança vejo essas cenas se repetindo em minha terra-natal e algumas pessoas sempre criticando o “governante da vez” por tal situação, esquecendo-se que o seu “partido” já esteve no comando e nada fez nesse aspecto, quero lembrar que o único gestor que fez um bom trabalho de saneamento na cidade foi o saudoso ANÍBAL CURSINO, que construiu as únicas galerias de qualidade que ainda hoje existem e de alguma forma continuam sendo úteis para o escoamento das águas que descem do antigo “Alto da Alegria” para o centro da cidade. (Uma foto abaixo confirma essas construções). De sua gestão pra cá, o que vemos são “galerias” com canos tão pequenos que "não serve nem pra sapo pinotar”.


        Tem famílias no centro da cidade que já construíram até paredes de contenção na entrada de suas residências, mas que não estão sendo mais suficientes pois a cada chuva o volume de água vai aumentando e vencendo os obstáculos.


         O meu desejo é que o(s) próximo(s) governante(s) elabore(m) um bom projeto de saneamento básico nessas ruas e avenidas principais, construindo galerias com material de qualidade. Faça(m) uma revitalização na conhecida e popular “bomba”, açude pra onde escoam todas as águas do centro da cidade, e de uma vez por todas, ponha fim a esse suplício que se repete todo ano, deixando a população em pânico. Só assim, poderemos dizer como na canção que dei o título desta matéria: 


“Chuva
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar, ioi ioi ioi”.

 
Cordel que será publicado amanhã neste site


            Centro de Buíque em abril de 2009

Galerias sendo construídas na gestão do prefeito Aníbal Cursino - ano 1975
Foto de abril de 2009 - situação idêntica a atual em dias de chuvas fortes




Nenhum comentário:

Postar um comentário