Ao ler o título desta mensagem, o primeiro pensamento que nos vem à
memória é uma guerra de fato, com bombas, aviões e exércitos fortemente armados
para o combate; entretanto, não descartando essa hipótese, o que pretendo
destacar nesta breve reflexão é a guerra de ideias, doutrinamentos, mensagens, principalmente através das redes sociais.
Não
é difícil percebermos que nesse aspecto, estamos vivenciando uma verdadeira
guerra que não tem vencedores nem derrotados, apenas vítimas.
Se
o assunto for espiritual, mais popularmente, religioso, há milênios vivemos
numa guerra sem precedentes. Se nos tempos bíblicos já havia a guerra
religiosa: judeus, egípcios, babilônicos, saduceus, fariseus; bem mais adiante,
nos tempos de Cristo, os judeus perseguiam cristãos e depois que estes cresceram
e através de Roma antiga, se uniram ao Estado, começaram a
perseguir os judeus, inclusive adiante levando à morte milhões deles, através da voz de
comando de Adolf Hitler. Os conflitos religiosos nunca cessaram. Nos dias
hodiernos eles continuam de forma acelerada e cresce ainda mais entre os
próprios segmentos religiosos. Todos são testemunhas desse fato. "Não se pode tapar o sol com a peneira”.
Somando
a tudo isso, temos outro tipo de guerra que tem auxiliado esse “conflito” sem
deixar ninguém de fora. Desde crianças até as pessoas da terceira idade, ela
está presente, de forma as vezes traiçoeira ou disfarçada. Me refiro as redes
sociais. Com a popularização desse instrumento tão poderoso, que tanto serve
para aproximar quem está distante, quanto para afastar quem está próximo, são
inúmeras as pessoas que usam desse meio para provocar amigos, criar falsas
notícias - as fake News tão em moda atualmente, principalmente em períodos
eleitorais, usados e abusados por todos os partidos, mais principalmente pelos
mais fortes. Repito, nesse aspecto não existem inocentes, todos usam e abusam,
mas ambos se dizem vítimas.
As
vezes alguns fazem tais postagens sem intenções de provocar, apenas defendendo
seu candidato, seu partido ou seus ideais, mas as vezes essa “propaganda” é tão
agressiva que se torna provocação, parece que está chamando os “amigos” para
briga de fato. Muitas vezes pessoas que sequer sabem diferenciar “a gente” –
locução pronominal, de “agente” substantivo, escrevem como se fossem doutores ou
mestres da língua portuguesa ou cientistas políticos dos mais renomados.
Com
isso, amizades antigas são desfeitas ou pelo menos ficam feridas, magoadas, pois
quem se ofende as vezes se cala, para não retribuir a ofensa; outras vezes
responde, recebendo, quase que de imediato uma resposta, e na maioria das vezes
muito provocativa e desafiadora.
É
nesse caminho que mesmo que virtualmente, amizades são desfeitas (excluídas) e,
no meu entender, quando é excluída na rede social, de alguma forma é também no
coração, e, como quase ninguém quer se dar por vencido, a guerra continua
deixando muitas vítimas e nenhum vencedor. Afinal, essa é a intenção do mundo
pós-moderno: “Tornar cada vez mais o ser humano distante do outro e cada dia
mais escravo da máquina”.
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