sexta-feira, 1 de março de 2019

O MUNDO EM PÉ DE GUERRA


   
Imagens extraídas da internet, com montagem
         

             Ao ler o título desta mensagem, o primeiro pensamento que nos vem à memória é uma guerra de fato, com bombas, aviões e exércitos fortemente armados para o combate; entretanto, não descartando essa hipótese, o que pretendo destacar nesta breve reflexão é a guerra de ideias, doutrinamentos, mensagens,  principalmente através das redes sociais. 

         Não é difícil percebermos que nesse aspecto, estamos vivenciando uma verdadeira guerra que não tem vencedores nem derrotados, apenas vítimas.  

         Se o assunto for espiritual, mais popularmente, religioso, há milênios vivemos numa guerra sem precedentes. Se nos tempos bíblicos já havia a guerra religiosa: judeus, egípcios, babilônicos, saduceus, fariseus; bem mais adiante, nos tempos de Cristo, os judeus perseguiam cristãos e depois que estes  cresceram  e através de Roma antiga, se uniram ao Estado, começaram a perseguir os judeus, inclusive adiante levando à morte milhões deles, através da voz de comando de Adolf Hitler. Os conflitos religiosos nunca cessaram. Nos dias hodiernos eles continuam de forma acelerada e cresce ainda mais entre os próprios segmentos religiosos. Todos são testemunhas desse fato. "Não se pode tapar o sol com a peneira”. 

         Somando a tudo isso, temos outro tipo de guerra que tem auxiliado esse “conflito” sem deixar ninguém de fora. Desde crianças até as pessoas da terceira idade, ela está presente, de forma as vezes traiçoeira ou disfarçada. Me refiro as redes sociais. Com a popularização desse instrumento tão poderoso, que tanto serve para aproximar quem está distante, quanto para afastar quem está próximo, são inúmeras as pessoas que usam desse meio para provocar amigos, criar falsas notícias - as fake News tão em moda atualmente, principalmente em períodos eleitorais, usados e abusados por todos os partidos, mais principalmente pelos mais fortes. Repito, nesse aspecto não existem inocentes, todos usam e abusam, mas ambos se dizem vítimas.   

         As vezes alguns fazem tais postagens sem intenções de provocar, apenas defendendo seu candidato, seu partido ou seus ideais, mas as vezes essa “propaganda” é tão agressiva que se torna provocação, parece que está chamando os “amigos” para briga de fato. Muitas vezes pessoas que sequer sabem diferenciar “a gente” – locução pronominal, de “agente” substantivo, escrevem como se fossem doutores ou mestres da língua portuguesa ou cientistas políticos dos mais renomados.  

         Com isso, amizades antigas são desfeitas ou pelo menos ficam feridas, magoadas, pois quem se ofende as vezes se cala, para não retribuir a ofensa; outras vezes responde, recebendo, quase que de imediato uma resposta, e na maioria das vezes muito provocativa e desafiadora.

         É nesse caminho que mesmo que virtualmente, amizades são desfeitas (excluídas) e, no meu entender, quando é excluída na rede social, de alguma forma é também no coração, e, como quase ninguém quer se dar por vencido, a guerra continua deixando muitas vítimas e nenhum vencedor. Afinal, essa é a intenção do mundo pós-moderno: “Tornar cada vez mais o ser humano distante do outro e cada dia mais escravo da máquina”.     

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