terça-feira, 5 de junho de 2018

A REFUNDAÇÃO DA REPÚBLICA, PELO PRESIDENCIÁVEL ÁLVARO DIAS



Ontem, o programa Roda Viva, da TV Cultura, novamente realizou um brilhante trabalho em prol da democracia brasileira, ao entrevistar mais um presidenciável. Desta vez o escolhido foi o senador Álvaro Dias, historiador, professor e político brasileiro, filiado ao “Podemos”. Atualmente exerce o cargo de Senador da República, pelo Estado do Paraná. Diante da bancada de entrevistadores, o presidenciável respondeu as mais diversas perguntas, e dentro de suas respostas, faço destaque dos seguintes trechos de sua fala, naquilo que entendi e procuro transcrever em breves palavras, com destaques em amarelo dos temas abordados:

Caso seja eleito sua primeira medida como presidente será “refundação da república” que consiste na substituição dessa forma de governo que já provou que nunca deu certo. Pretende cortar ministérios, diminuindo de quase 40 para apenas 15. Redução da máquina administrativa nos três poderes, cortando cargos e privilégios. “Sempre fui um contestador dessa forma de governo. Justamente por isso mudei varias vezes de partido, por não concordar com alguns posicionamentos (...) Lutarei também pelo fim do foro privilegiado, (Ele é autor desse projeto.

Disse ainda que com essa “refundação da república” que pretende fazer também está inclusa uma reforma política com o fim de diminuir tanta sigla partidária: “O que vemos no Brasil atualmente na verdade é uma anarquia partidária”, com tantos partidos”. No seu projeto, o partido terá que obter um mínimo de votação estabelecido para evitar que surjam siglas apenas para “negociatas eleitoreiras” como por exemplo a venda de horário político. Disse condenar o fundo eleitoral, do qual só devera ter acesso aquele partido que obtiver pelo menos 5% de votos em cada Estado. Disse também ser contra a concessão de canais de TV e rádios para políticos e se for eleito não vai permitir essas concessões; inclusive declarou que como Senador e governador do seu Estado já recusou esse privilégio. A ser indagado sobre um processo que sofreu no ano de 1982, alegou que o Promotor de Justiça responsável pelas investigações, ao constatar as inverdades contidas no processo e ao perceber a seriedade do seu governo e a lisura em sua gestão, atualmente se transformou em seu maior cabo eleitoral. Lembrou que como senador obteve 80% dos votos do seu Estado, e acrescentou: “Posso perder eleições, amigos e eleitores, mas jamais perderei minha dignidade. Sou ficha limpa do começo ao fim”.

Ao ser perguntando sobre pontos negativos dos outros candidatos, disparou: “Me recuso falar dos outros concorrentes sem eles estarem presentes para se defender”. Declarou ser um democrata e respeitar o livre arbítrio tanto do eleitorado quanto da população. Sobre a posse de armas  declarou ser favorável ao cidadão possuir arma para sua defesa, já que no momento o Estado não está dando essa segurança para a população, mas isso deve acontecer com critérios.

Outro ponto forte de suas declarações, no meu entender foi sobre a redução do número de senadores, deputados federais, estaduais e vereadores e os respectivos cargos comissionados, que ele diz defender, reduzindo drasticamente os gastos do Estado.  A respeito do tema educação, disse que dará uma atenção especial ao ensino fundamental, com destaque também para escolas técnicas. Anda destaco sua posição de acabar com as nomeações de políticos para os cargos de Conselheiros dos Tribunais de Contas.

Sobre reforma tributária e como fazer para conseguir implantar o seu projeto de “refundação da república” declarou que pretende fazer uma reforma tributária, simplificando tudo em imposto único, com isenção da cesta básica e dos remédios. “Quanto maior o Estado menos creches, menos escolas, menos hospitais, etc. Temos que diminuir o Estado”. A população não apóia o Congresso Nacional nem um Estado inchado e gastador. Com apoio popular acredito que o senado não vai “nadar contra a corrente”, por isso creio que será possível uma refundação da república. A federação, no modelo atual não cabe no Brasil. Os municípios estão de fora. Há uma concentração muito grande na união, restando muito pouco para os Estados e quase nada para os municípios.

Sobre o governo Temer e alianças partidárias e liberdade de expressão, declarou: “O governo temer é um governo de gambiarras, um cadáver insepulto; não fez nenhuma reforma estrutural. Não quero alianças com grandes partidos (PSDB, PT, PMDB), para não virar balcão de negócios.  Declarou que recusou os benefícios da aposentadoria como governador, auxílio moradia e outros benefícios e sobre a liberdade de expressão jamais processarei um jornalista porque entendo que não existe democracia sólida em uma imprensa livre.  Sobre o bolsa família, liberação da maconha e posse de armas: O bolsa família continua, mas sempre incentivando e facilitando a busca por emprego, e mesmo conseguindo esse emprego o bolsa família continuará até dois anos. Sobre a liberação da maconha, disse ser radicalmente contra. “O Brasil ainda não atingiu essa maturidade”. Com relação a posse de arma, declarou ser favorável ao cidadão ter o direito da posse de arma, mas com regras e responsabilidade. 

Parabéns a TV cultura e toda equipe do Roda Vida, pelo excelente programa, que mais uma vez prova ser um dos melhores programas de entrevistas do país. 

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