Como disse na postagem anterior, depois de quase dois anos sem atualizar esta página, resolvi voltar a fazer publicações e comentários sobre alguns fatos que aconteceram durante o período que deixei o blog inerte e neste ato discorro resumidamente sobre os assuntos abaixo:
ESTRELAS MUDAM DE LUGAR
Rolando Boldrin |
Imagens deste poeta blogueiro declamando poesias no show Cordel Arte & cultura |
Boldrin era considerado um fervoroso defensor da cultura popular e da música raiz. Me identificava com esse grande artista justamente por isso. Cheguei inclusive a usar sua música “Vide, vida marvada”, como introdução em minhas apresentações culturais do show “Cordel, arte & cultura”, no qual declamava poesias de cordel de minha autoria, narrava causos e cantava canções do folclore brasileiro. Por isso minha identificação com o artista.
O ETERNO TREMENDÃO
Já no dia 22 desse mesmo mês, quem nos deixou foi o eterno tremendão Erasmo Carlos, grande parceiro musical de Roberto Carlos. Registrado Erasmo Esteves, mas por causa de sua amizade com o “rei da juventude” Roberto Carlos seguindo orientação do produtor “Carlos Imperial”, veio a adotar seu nome artístico como Erasmo Carlos, pois achava estranho ser anunciado nos palcos com o nome Erasmo Esteves. - Não casava bem, dizia. Erasmo foi figura importantíssima durante o movimento denominado “Jovem Guarda”, programa apresentado de 1965 a 1968 pela TV Record, quando juntamente com uma trupe de artistas como Roberto Carlos, Wanderléia (a ternurinha), Renato e seus Blue Caps, dentre outros “incendiaram” o país apresentando canções que falavam sobre paixões inocentes, usavam um visual moderno para a época, se inspiravam principalmente na “febre mundial da banda britânica The Beatles e no ícone mundial Elvis Presley.
Erasmo aprendeu tocar violão com o amigo Tim Maia e chegou a participar por um pequeno espaço de tempo da banda Renato de Seus Blue Caps. Ficou conhecido também pelo apelido de “Gigante Gentil” em virtude de sua estatura ( 1,93 metro) e por sempre tratar seus amigos com muita gentileza.
Dentre muitas canções de autoria do eterno tremendão destaco: “Sentado à beira do caminho”, “Gatinha manhosa”, “Vem quente que eu estou fervendo”, “Mulher, sexo frágil” e “A carta”. Esta última inclusive foi regravada com muito sucesso pelo também saudoso Renato Russo.
Com a partida desse grande ícone da música nacional, cada vez vai ficando reduzida a lista dos grandes cantores da música brasileira.
O REI DO FUTEBOL
No dia 29 de Dezembro de 2022 quem nos deixou foi o jogador mais conhecido do planeta, EDSON ARANTES DO NASCIMENTO, o rei Pelé. Encantou o mundo inteiro com seus dribles, chutes e passes e principalmente com os seus gols, sendo o artilheiro do campeonato paulista que ganhou o título onze vezes, sendo por nove consecutivas. Só para destacar, Pelé defendendo a camisa do Santos Futebol Club, levou esse time a ser bicampeão da taça Libertadores de América (1962 e 1963), Bicampeão Mundial de Interclubes (1962 e 1963), Campeão da Taça de Prata 1968); cinco vezes campeão da Taça Brasil (1961, 62, 63, 64 e 65); quatro vezes do Torneio Roberto Gomes Pedrosa - Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966).
Foi o único jogador de futebol a ganhar 3 copas do mundo. Participou de 4 edições e foi campeão em 1958, 1962 e 1970. Finalizou sua carreira em 1977 com 1282 gols durante sua autuação como atleta profissional, sendo considerado o maior marcador de todos os tempos.
A MORTE DOS CDS E DVDs E O RESSURREIÇÃO DOS LONG PLAYS
Para não comentar apenas sobre mortes de grandes personalidades, quero encerrar esta postagem comentando sobre outra morte, que igualmente impactou o planeta inteiro e não se trata de ser humano; refiro-me aos CDS e DVDs. Segundo a Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA) desde o ano de 2004 a venda desses produtos vinham caindo. Chegou a cair a 93,9% entre 2004 e 2018, sendo oficialmente declarada sua “morte” no ano de 2021. Enquanto isso o disco de vinil, ou Long Play (LP), teve sua existência durante quase cinco décadas, pois sua primeira gravação aconteceu no ano de 1948, a vida do CD (Disco compacto) no Brasil, não chegou a tanto, pois começou a ser produzido em 1986 (o primeiro CD foi o álbum Garota de Ipanema, com Nara Leão e Roberto Menescal) e seu desuso ocorreu entre os anos 2018 e 2021, ou seja, menos de quatro décadas.
Enquanto isso, existe atualmente uma tendência de que os antigos LPs venham a ressuscitar, e quem sabe até superar em vendas o CD, pois desde meados dos anos 2000 eles começaram a voltar a cena como produtos vendáveis e lucrativos, inclusive a fabricação de vitrolas começam a surgir no mercado, podendo até não fazer o mesmo sucesso de décadas passadas, mas poderá voltar a fazer parte da história das famílias brasileiras, das gravadores e dos muitos artistas deste país continental.
Como saudosista que sou, torço muito para que isso aconteça o mais rápido possível; se bem que com os novos estilos musicais que estão em moda atualmente – salvo raríssimas exceções, corre o risco de aumentar o que chamamos comumente de “poluição sonora”.
Brevemente publicarei uma super dica de leitura
P.S. Fotos extraídas da internet
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