A LEI MARIA DA PENHA
Em forma de
poesia de cordel
DEDICATÓRIA
À
todas as pessoas, que conscientes de seus valores, não ficam caladas e inertes
diante de todo e qualquer tipo de agressão, na certeza de que “um grito isolado
pode não ser ouvido, mas quando somado a outros, em vez de um simples apelo
torna-se uma exigência”.
Junho de 2007
Paulo Tarciso
Freire de Almeida
Autor
Celular (87) 9.9995.4400
A
LEI MARIA DA PENHA
No dia sete de
agosto
Do ano dois
mil e seis
Uma lei foi
sancionada
Para punir de
uma vez
Quem bate e
oprime a mulher
Levando o
“brabo” ao xadrez.
MARIA DA
PENHA, o nome
Dessa lei que
foi criada
Nº onze, três,
quatro zero (11.340)
Por “Lula” foi
sancionada
Ta amansando
os valentes
Desde que foi
promulgada.
A origem dessa
lei
Pra lhe deixar
informado
Foi porque em
oitenta e três (1983)
Um crime foi
registrado
Vítima Maria
da Penha
Foi homicídio
tentado.
Maria da Penha
a vítima
Nordestina,
por sinal
Cearense das
valentes
É o símbolo
principal
Em defesa da
mulher
Merece aqui
nosso aval.
O réu foi o
próprio marido
Que a sua arma
sacou
Atirando em
sua esposa
Vários anos se
“passou”
Pensava: “caso
encerrado
Livre desse
crime estou!”.
Passou
dezenove anos
Mas chegou a
decisão
Depois de
muitas batalhas
Movimentando a
nação
O réu foi
sentenciado:
Oito anos de
prisão.
Começava então
a luta
Contra a
impunidade
Para os crimes
“em família”
Que havia em
toda cidade
Movimentos
sociais
Com toda
sociedade.
Cabra da
“munheca” boa
Acostumado a
espancar
Sua pobre
companheira
Que nem podia
falar
Teve que
“freiar seu braço’
Até a voz
grossa afinar.
Muito macho
“chei de cana”
Brabo em casa
com a mulher
Batia nela e
gritava
Nos filhos
metia o pé
Agora vai pro
xadrez
“A pensão do
seu mané”.
Quando é com
outro macho
O cabra fica
mofino
Fala baixo e
até se cala
Se parece até
menino
Mas quando é
com a mulher
É metido a
“Virgulino”.
Quem manda em
casa sou eu!
Não adianta
falar!
Quero, mando,
falo e grito,
Dê parte pra eu
lhe matar!
Esse tal
comportamento
Não pode
continuar.
Seja morte ou
lesão
A dor física
ou sexual
Psicológica e
até dano
Ao patrimônio
ou moral
Procure a
Delegacia
Corte a raiz
desse mau!.
Independente
de classe
Raça, renda ou
cultura
Idade ou
religião
Trate a mulher
com brandura
Afinal, pra
que violência?
Em vez de
ódio, a candura.
Direito real á
vida
Saúde, também
segurança
Cultura e
acesso ao trabalho
Dignidade e
esperança
Direitos de
toda mulher
Respeito vem
de criança.
Coabitando com
ela
Dentro de
casa, no lar
Mesmo que seja
um convívio
Sem vínculo
familiar
Respeito a
mulher merece
Ela vem nos
completar.
No capítulo
número dois
Nos fala da
assistência
Que a mulher
vem receber
Sendo vítima
de violência
Doméstica e
familiar
Em estado de
emergência.
Do artigo dez
ao doze
Fala sobre o
Delegado
E o
atendimento á vítima
O Inquérito a
ser instaurado
E dá outras
providências
Contra o
brabão ou tarado.
A ofendida é
quem escolhe
Pois é sua a
opção
Onde “corre” a
ação civil
Não terá vez o
machão
E tem até
exigências
Pra se ter
conciliação.
No artigo
vinte e dois
Dar ao Juiz
opções
Suspender
porte de arma
Dos maridos
valentões
Afastar da
residência
Entre outras
restrições.
Além do “hotel
cinco estrelas”
O Juiz pode
obrigar
O brabão dar
alimentos
Pra nunca mais
espancar
A quem lhe deu
vários filhos
Presentes
melhor que há.
O artigo vinte
e três
Permite, se
for preciso
Ao Juiz
determinar
Devolver bens
subtraídos
Compra e venda
invalidar
E afastar o
“atrevido”.
O Promotor
intervém
Mesmo sem
parte ele ser
Nas ações
penais ou cíveis
Quando for
vítima a mulher
Também o
advogado
É assim que a
lei prevê.
A União e os
Estados
O Distrito
Federal
E também os
municípios
No seu limite
legal
Podem criar
alguns centros
De atendimento
integral.
Casas-abrigos
pras mulheres
E os
dependentes seus
As vítimas da
violência
De quem do
amor esqueceu
E foi parar no
presídio
Mansão que o
próprio escolheu.
“Em mulher
nunca se bate
Nem mesmo com
uma flor”
Pra ela só dê
carinho
Afeto, abraço
e calor
Diálogo e um
presente
Em vez e
brigas, amor.
Mas não é só
em mulher
Que você deve
evitar
Bater,
humilhar e dar gritos
Convivendo em
um só lar
Mulher é o
foco especial
A paz é o
melhor lugar.
As munhecas de
um macho
Que em mulher
vem bater
Merece um par
de algemas
Numa cela adormecer
Enfrentar o
Delegado
Vê se é macho
pra valer.
Fiança não tem
direito
Pro “quengo
quente” esfriar
Só dormir com
pernilongos
Negão pra lhe
despertar
Passear em
viatura
Com as
pulseiras a lhe apertar.
Saudade dos
carinhos dela
Talvez lhe
venha na mente
Cheiro do
filho mais novo
Claro que o
“animal’ sente
Talvez depois
de dez meses
Seus atos cruéis
repense.
Pois bem meus
caros ouvintes
Dê sua
contribuição
Faça também
sua parte
Isso é uma
obrigação
Diga SIM se
for à PAZ
Pra VIOLÊNCIA dê
“NÃO”!.
Junho de 2007
Paulo Tarciso
Freire de Almeida
Autor
Celular (87) 9.9995.4400
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