Ontem (31.10.2024), na Biblioteca Municipal Graciliano Ramos, nesta cidade, realizamos o segundo encontro em comemoração pelos dez (10) anos de fundação da Academia Buiquense de Letras e das Artes (ABLA). O evento, mais uma vez teve início às 19:15 e terminou às 20:30h.
Presentes, como membros da instituição, o presidente atual Paulo Tarciso, o fundador e presidente de honra Dr. Manoel Modesto e Sivaldo Oliveira. Nos honraram também com a presença, duas turmas de alunos da Escola Vigário João Inácio com seus respectivos professores.
Na abertura do evento,Tarciso deu as boas-vindas aos presentes e lembrou o motivo de sua realização, qual seja, a celebração pelo dez anos de existência da ABLA. Contou de forma resumida a sua vida, como aluno da rede pública de ensino. Citou que na época de criança estudou no antigo "Colégio das Freiras", que era denominado "Escolas Reunidas São Félix de Cantalice" e que funcionava onde atualmente é a Secretaria de finanças do município. Também lembrou que 5ª série até concluir o segundo grau (no caso dele o curso de Administração) foi na Escola Vigário João Inácio, havendo ainda estudado por um período curto de tempo na Escola Duque de Caxias.
Disse, ainda que depois de concluir o segundo grau, passou cerca de oito anos sem estudar e depois desse tempo voltou aos estudos, dessa feita cursando Letras, na Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde - AESA, e, por trabalhar no poder judiciário, resolveu também cursar Direito, na Faculdade de Direito de Caruaru - ASCES.
Destacou que desde a adolescência gostava de fazer "rabiscos de poesias", por isso grande partes dos seus trabalhos escolares eram feitas em duas modalidades: uma no formato tradicional e outra em forma de poesia. Essa prática levou para os cursos superiores (Letras e Direito), de maneira que no curso de Direito, ficou conhecido como o poeta do direito, de maneira que teve duas reportagens especiais exibidas na TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo de Televisão. Uma foi apresentado o livreto de cordel "O príncipe", tradução do clássico de Maquiavel, para a linguagem popular. O outro foi com o cordel "Os dez anos da Constituição Cidadã", que foi veiculada tanto no ABTV (da TV Asa Branca de Caruaru), quanto no NE-TV da Rede Globo Recife, justamente na data que a nossa constituição federal completou vinte anos.
Tarciso encerrou suas palavras iniciais incentivando aos jovens lerem bastante e focarem sua atenção naquilo que é importante para sua vida profissional, lembrando que nos dias atuais existem diversas faculdades mais acessíveis do que no seu tempo de jovem.
A seguir, Paulo passou a palavra para o Dr. Manoel Modesto, que em suas palavras lembrou o trabalho que teve para fundar a Academia Buiquense de Letras e das Artes, ABLA e agradeceu aos amigos que o auxiliaram nessa batalha, porque, citou ele, só conseguiu esse projeto porque teve o apoio de muitos companheiros que também apreciam a arte e a cultura em nossa terra, como é o caso dos amigos Sivaldo Oliveira e Paulo Tarciso e muitos outros que não puderam está presentes, como foi o caso do músico Eudes França, o popular Mutuka.
Dr. Manoel encerrou sua fala declamando duas poesias do seu livro "Chamas Torrenciais de minh'alma", que segundo ele, foram escritas na década de 70.
O próximo a usar da palavra foi o professor Sivaldo Oliveira, que durante a sua fala discorreu sobre a importância da leitura e incentivou os presentes, em sua grande maioria, jovens a ler bastante. Fez uma rápida comparação com a cultura atual e a dos tempos passados, porém, respeitando os gostos de cada época. Destacou, por exemplo, as músicas que as rádios tocavam nos anos 60 e 70 e as usadas na atualidade. Citou, por exemplo as músicas do saudoso Luiz Gonzaga, o popular rei do baião, que a grande maioria ali presente não soube sequer citar uma de suas canções.
Sivaldo ainda disse que somos influenciados pelo que ouvimos ou lemos, como também pelos amigos com os quais convivemos e finalizou sua fala narrando sobre a importância da poesia em nossas vidas. Para não ficar só em palavras, encerrou declamando uma linda poesia romântica, de sua autoria, e, evidentemente recebendo os aplausos dos presentes.
Dando continuidade ao evento, a oportunidade agora foi com o professor Marcos Jean, da Escola Técnica Cyl Gallindo, o qual cantou uma paródia da canção de Roberto Carlos:"Esse cara sou eu", convertida para "O complicado sou eu", usando os símbolos e assuntos da matemática.
Encerrada a participação de Jean, Paulo reassumiu o microfone e declamou três pequenos versos de poetas populares e passou a declamar a poesia "História de caçador" do poeta paraibano "Chico Pedrosa". Ao encerrar sua declamação convidou a cantora mirim "Emanuele Lorrainy Siqueira", de 7 anos de idade, filha do professor Jean, a qual cantou uma canção gospel intitulada "Deserto", famosa na voz da artista Maria Marçal.
Tarciso já ia encerrar o evento, quando foi solicitado dar uma oportunidade para o aluno Kelwy Firmino, conhecido poeta da Escola visitante, o qual declamou uma de suas poesias, encerrando assim o evento, com os agradecimentos de Paulo, pela presença de todos e dizendo que a ABLA, por seus integrantes sempre estarão à disposição dos professores e das escolas do município, quando desejarem realizar algum evento cultural.
Agradecemos também a Gleiciane Siqueira e todo o pessoal da Biblioteca municipal Graciliano Ramos, tanto por nos ceder o espaço físico, quanto pela atenção dispensada durante o evento.
Abaixo algumas fotos da segunda noite comemorativa aos dez anos da ABLA.
Paulo Tarciso agradecendo ao público e declamando poesia
Prof. Marcos Jean, Dr. Manoel Modesto e a criança Emanuele Lorrainy. PauloTarciso, Sivaldo Oliveira e Guilherme Siqueira (filho de Jean)
O jovem Kelwy Firmino, estudante da Escola Vigário João Inácio
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